Quem sou?

Depressivo, eu? Não sei distinguir bem essa palavra. Diria que não, mas, poderia dizer que sinto falta de muitas coisas na vida, e percebam que eu falei “vida”. No que diz respeito a isso é somente a mim, não enquadro minha família, pois, como acabei de dizer já é minha, apesar de no fundo sentir que não tenho uma.

Não quero ser melancólico, nem que as pessoas sintam pena ou qualquer outro tipo de sentimento que corresponda a esse gênero. Quero ser visto, ouvido, entendem? Também não quero ser egoísta, pois, sei que enquanto estou com um computador em mãos escrevendo, há pessoas mais necessitadas. Não necessidades materiais ou financeiras, mas, sei que há pessoas que diriam que essas palavras se enquadrariam bem, apesar, de que não é sob tudo que o dinheiro pode comprar.

Encontro-me nas minhas próprias palavras, sei que não posso ter tudo e não teria graça se a vida fosse assim. Sinto que apenas eu posso ouvir minha própria voz, mas gostaria de ouvir além dela, gostaria de ouvir alguém dizer. – Estou a caminho. Quando eu precisasse. Mas, isso falta. Minhas palavras, minhas escritas me possibilitam a um mundo do qual existe apenas para mim, isso me faz feliz por um momento, imaginação é uma boa maneira de poder voar sem ter asas. Musicas também me levam a um outro mundo, mas quando elas terminam meu mundo também acaba, e me pego sentindo saudades de algo que não aconteceu.

Inconformado! É a maneira como me sinto a respeito da vida, do mundo. Não sei explicar o porque, mas, esse é meu sentimento. Também me perco em mim, ninguém é perfeito, nessas palavras estou falando sobre minhas imperfeições, meus defeitos que são muitos. Minhas qualidades? Desconheço.

Por tudo dito até agora, estou passando uma imagem de infelicidade, mas não. Se prestaram atenção, minhas palavras vão alem disso, à injustiça, incompreensão, anti-empatia, entre muitas outros similares. Tenho sim momentos tristes como todos. O ser humano é assim, momentos eternos no tempo em que duram. Sou apenas uma pessoa colocada no mundo, tentando se enquadrar em algum lugar talvez incerto.

Onde estou? Para onde vou? A maior pergunta é: Quem eu sou? Ou melhor: Quem é você?

Sim, estou falando com você leitor. Já se perguntou quem você é? Já se perguntou como você vê o mundo? Melhor ainda: Como você vê as outras pessoas? E como as outras pessoas vêem você?

Tudo que eu vejo são pessoas juntas e ao mesmo tempo sozinhas. Talvez, hajam outras pessoas ao seu redor tentando se encontrar. Enxerguem o mundo como um todo, vocês não estão sozinhos apenas separados.

Em fim, percebam que neste momento estou viajando em minhas palavras e ao mesmo tempo na musica em que estou escutando agora. Irá acabar. E depois?

E depois uma outra hora, talvez um outro dia eu viajarei novamente.

Mas, agora, ficam aqui as palavras de uma pessoa desconhecida para vocês que também não os conhece.