Questão De Existência

Como assim? Por que de tudo e de todos? Se houver necessidade para isso. Já que o filamento racional pertencente a nós humanos permite incoerências... Para quê desse filamento? O porquê de a ordem universal ser a que é?

Olhando o panorama onde estamos todos inseridos, parece que o caos consagra a existência, estrelas morreram para nos originar, animais morrem para as outras espécies alimentar... À primeira vista, quando deparei-me com a existência, as ocorrências se apresentaram como atrocidades, quiçá suicídio. Por que suicidar-se para eclodir a outro algo?

Agora entendi porque a existência de deus e de deuses. É mais fácil recriar o ego e jogar a ele o motivo de tudo... Definição da existência tão limitada, não contento-me, eu gosto é do abrangente. O sentido das coisas parece que não compete a minha cabeça, as minhas dúvidas.

Por que há o sentimento - presente em todos os possuintes de conexões nervosas - se por vezes os mais puros e singelos seres hão de sentir a mais pungente das sensações? Há benevolência no sofrimento? Coisa que todos estão fadados a tal.

Aliás, qual a lógica de tudo. É tão grande o peso da existência que é árduo conceber uma conclusão, uma só. É tão espesso o que existe que parece não haver conclusão, e sim conclusões, perspectivas?

Quero ir além do ponto de vista, de opinião, ora se não, eu quero o absoluto e resoluto. Eu preciso disso? Se eu soubesse a fórmula da existência, não me aparecia outros impasses? Mas isso me corrói, é urgente, crises servem para amenizar, acredite!

Voltando às perguntas. Para quê? Por que disso tudo? Minha consciência humana pulsa para formar o meu objetivo e jogá-lo ao universo para adaptar-se a mim. Porém, meu incessante juízo indecente e sem fundamentos, sabe que isso não é o absoluto. No entanto, a tudo eu ignoro. Será a felicidade que tanto anseiamos ignorante? Os pormenores da vida possuem tanta ternura, que creio que só os corpos, de carne ou celestes que não dominam a nada, podem ser sossegados.

E assim, termino essa questão de existência. Meu caro destinatário.