Carta aos meus medos 2.0
Deixem-me em paz!
Aqui quem vos fala é Clara Nuvens! Contatando-lhes após muito tempo, pois, hoje, estou fincando a bandeira do basta e retomando minhas terras! O reinado de balburdia, por vocês decretado, chegou ao fim! Este é meu golpe de estado! Salubridade ou intermédio! Estou cansada dessa tirania do vosso governo, do quanto me sugam as energias. Quero poder voltar a navegar, e navegar livremente! Sinto falta da vida sossegada que havia na ilha, de poder lançar cartas para outros náufragos. Gostaria de poder voltar para antes de ser levada pelo navio pirata, de poder visitar o vulcão que gerou-me. Mas não existe máquina do tempo.
Aos meus medos digo que: - "Antes de virmos à essas terras, éramos todos amigos, e que me faltavam afazeres. Todavia, atualmente, possuo outras coisas com as quais devo me preocupar! E tão pouco podes agir imaturamente por vingança. Independente de como aja, as coisas nunca mais serão como antes.
Depois que chegamos a terra firme, vivenciamos tantos eventos. Vimos a luta pelo poder nas terras. Experimentei o desejo de querer desistir. Fortes ameaças de fim. Vimos o ano reiniciar. Desfrutamos a complexa matemática da soma de duas existência e a resultante vida. Agonizamos. Jogamos xadrez. Adquiri responsabilidades perpetuas. Chorei, lamentei. Violentei textos. Ganhei o direito de nunca arrepender-me. E, agora, aqui estou eu, pedindo-lhe para deixaram-me em paz e sozinha.
Não há crenças de que um dia ressuscitará algumas de minhas parte já apodrecidas. Entretanto, não consigo negar que meu espírito quer estar aqui, redigindo pensares e sentimento. Sinto, também, falta de muitas coisas, mas não dá para voltarmos mais. Sinto falta das palavras que acompanhavam-me, e que deixei para trás. Sinto falta de saber o que eu estava fazendo, e de orgulho de fazer. Acho que eu nunca dei o devido valor... mas eu vou juntar o que sobrou e recomeçar! Então, procurem se adaptar ou fora de mim!"
Com veemência, Clara Nuvens.