Não pertencimento
Nada ao redor é atingível...
Por que nem sempre o ambiente o qual nascemos trás aquela sensação de pertencimento?
Tenho a nítida impressão de já haver divagado por este tema...
Porém, é algo tão corriqueiro –
O mesmo sentir –
O igual arguir!
Ainda mais refletindo sobre os últimos meses em que fui deixada de lado... Ou simplesmente me afastei daqueles que em nada se enquadram com a minha essência.
É tão estranho aparecer possibilidades e planos (se dará certo ou não, eu não sei), e não poder dividir com pessoas próximas.
Porque de uma maneira ou de outra emanarão energias ruins.
Por isso, preservo-as dentro de mim.
Antes eu saía contando...
Mas agora a confiança se foi pelo ralo.
Tenho e sinto muita falta de privacidade –
Do silêncio para escrever.
Existe aquele ditado: “Os incomodados que se mudem.”
Pois é, se a minha situação financeira cooperasse, já o teria feito. Não é que eu seja bancada por alguém. Mas na medida do possível, pago as minhas próprias despesas.
O que mais sinto falta é conversar com alguém de carne, osso e culturalmente inteligente, que compreenda as minhas ideias. Tudo bem em não aceita-las, mas respeita-las está de bom tamanho.
Posso parecer calma e tranquila, entretanto, na minha mente reina inúmeras fantasias, um tanto quanto mirabolantes e pervertidas.
Se é o destino?
Ou o acaso?
Eu não sei!
Se está escrito em algum livro ou lugar que pertence à outra dimensão –
Não faço a menor ideia.
Só sei que tenho a certeza de que este lugar não é o meu.
De onde eu sou?
Eu não sei!
Só me sinto diferente e distante desse mundo.
As pessoas em nada se assemelham comigo.
Apenas desejo que em uma próxima vida esteja com os meus semelhantes.
Os mesmos que gostem de usufruir dos mesmos prazeres da escrita e da cultura.
Almejo aquela sensação de bem estar de pertencer a algum lugar.
De rejuvenescimento...
Aonde quero e desejo sempre compartilhar o bem.
Amém.