Amigo-Saudade

Teresina, 14 de junho de 2020

Saudades, Rafael!

Poderia iniciar esse texto com tantas outras expressões, não é? Mas essa expressa bem melhor tudo o que está acontecendo, ao meu eu-interno, ao meu eu-externo.

Hoje acordei e lembrei de você, logo cedo. O Sol entrou pela janela de forma diferente. A música tocou, aquela da dança, e a lágrima escorreu. Você sempre me fazendo bem, mesmo não estando aqui. Foi lágrima-ombro-amigo, porque desabafei o que estava acumulado, choraria no seu ombro, no seu abraço, te enchendo com meus dramas, mas chorei em silêncio, na música.

A falta que você faz... Estou passando por aquelas fases, sabe? Se reinventar, racionalizar, emotivar algumas questões, colocar pra fora outras, fazer um limpeza, me abrir à palavra, me expressar, dentre outras coisas.

Mas, vamos lá, tenho que confessar que estou bem, melhor do que em outros momentos. Acima de tudo sinto paz comigo mesmo, estou numa situação confortável financeiramente, tenho dormido bem e lido livros encantadores, tenho ao meu lado alguém pela qual vale a pena compartilhar os dias... Aliás, acho que você iria gostar muito dele. Possivelmente passariam horas falando sobre livros.

Saudade do teu abraço, do teu calor humano, da tua compreensão, do teu amparo, dos diálogos profundos, das verdades ditas, dos risos soltos, das brincadeiras no parquinho.

Amigo, queria muito você aqui. Mas te tenho e conservo em pensamento. E obrigado por hoje, por me amparar, por se fazer eterno naquela música. Obrigado por me acolher. Um dia nos reencontraremos, confesso que por duas vezes pensei que seria logo. Mas vou me cuidando e aceitando os percursos da vida.

Saudade que transborda!

Um Não Entendido!