A quem interessar possa
Lamento te dizer meu amigo, todavia peço, sem desejar provocar seus mais sinceros sentimentos, que, e, em nome da coerência para com as palavras proferidas, aceite os fatos. Peço, acredite, e com certa cautela, que cada objeção minha não tem, e nunca terá, outra busca se não, e apenas, a tentativa, como a um arqueólogo, de descobrir - ao remover camada a camada - a origem de tais, sem entender a contento, apontamentos. Sob as mais variadas manifestações, e com franca afronta a boa argumentação, ouço, ao menos todo final de semana, cuja única razão de ser - e não estranho que seja assim - consiste exatamente na negação dos fatos fartamente às claras. É lamentável, a bem da verdade - e já em avançada demonstração científica - que nos vemos diante de demonstrações de verdadeiro retrocesso. Afinal, e não vislumbro outra possibilidade de entender, como é possível, em pleno século 21, ouvirmos "argumentos" tão absurdos quanto imaginarmos que há, seriamente, alguém que os de defenda. Todavia, não posso negar, ei-los! Assim se dá - para desalento aos bons ouvidos - que estão aí, com seus absurdos e seus arroubos de epifanica algaravia, os defensores de teorias que se supunha anedotas de tempos há muito idos. E eis que não! Assim como, retomando o mito de Fênix, idéias guardadas nos cinzarios da ciência, parecem querer descortinar a razão. E assim, para desgosto, surgem novos candidatos a Galileu - sem sua luz e racionalidade - dispostos a lançarem a tese da inexistência da lei da gravidade. E gravosa como é tal anunciação, e como em tudo que sugere novos iluminados, surgem os extremos. Todavia, não há a mínima chance de diálogo com quem defenda a inexistência da lei da gravidade. E assim, não resta outra alternativa, se não, e não haverá, concluir tratar-se de uma mente perturbada.