Você quis saber da minha mãe. Lembra?
Oi, tudo bem?
Lembra aquele dia em que você me.perguntou o nome da minha mãe e eu desconversei? Então... Eu não quis ser mal educada, só não queria explicar ali, numa conversa de rua. Mas hoje resolvi lhe contar.
Quando os meus pais se casaram eles sabiam que não poderiam ter filhos. Mas depois de dois anos, eles sentiram falta de mais alguém em casa, de uma criança. Como eles dizem. Depois de muito pensarem eles resolveram que seriam pais.
Meu pai já era órfão de mãe, segundo ele conta ela sofreu um derrame e não resistiu, ficando ele e a irmã, tia Júlia.
Então meu pai conversou com minha avó que ainda é viva e ela aceitou emprestar a barriga, foi assim que meu pai conversou com tia Júlia e ela aceitou doar um óvulo. Assim, de um espermatozóide do meu pai e um óvulo da minha tia Júlia eu cresci na barriga da minha vó.
Depois que nasci, minha avó me amamentou por 3 meses É depois meus pais me levaram de vez pra casa.
De vez em quando alguém diz que eu sou a cara da tia Júlia. Daí eu penso, " será que não é porque sou filha dela?' Mas dizer que sou filha da tia Júlia pode parecer ofensivo aos meus pais que me dão tanto amor.
Enfim, tem horas que me sinto um mosaico: um pedacinho da minha avó, dos meus pais e da tia Júlia. Eu amo todos eles. E sim, é um pouco confuso às vezes. Mas eu amo meu pai Valter e meu pai Lucas. Mesmo assim acho que qualquer dia desses vou fazer análise.
Beijo, minha linda
A gente se vê qualquer dia.