LUCIANO HUCK, O ASSALTO!

Recente, a mídia divulgou o assalto sofrido pelo apresentador de televisão, Luciano Huck, que teve seu relógio roubado por mais um dos milhares de “trombadinhas” das grandes cidades.

O fato não poderia ser tratado de forma desigual e caiu na mídia, com oportunidades da emissora em que ele trabalha, Rede Globo, de ser discutido e debatido em vários programas, inclusive sendo lida (não na íntegra) uma carta de desabafo onde o Luciano se mostra indignado e preocupado com fatos como este.

O resultado foi que a medíocre parte que acessa a internet e consegue publicar todo tipo de porcaria, caiu de pau no moço, o taxando dentre outras coisas de “mauricinho”, bonachão, filhinho de papai e outros predicados relacionados às pessoas abastadas que desfrutam de alguns prazeres pouco comuns, como possuir um Rolex original.

Até pode ser que o trauma vivido por Huck seja rotineiro na vida de muita gente e até creio que outras nem dêem atenção a um simples assalto numa rua movimentada de São Paulo, mas daí a minimizar o sofrimento dos outros, já é palhaçada.

Eu não o conheço, muito menos possuo procuração para falar em seu nome, mas por se tratar de figura unanimemente querida, eu necessitei escrever tal texto de solidariedade ao apresentador e a todas as vítimas de assaltos que ainda se indignam e são desprendidas ou oportunas, para divulgar um desabafo e cobrar mais ação social e de segurança pública no Brasil.

Eu não me recordo de ter vivido uma cena similar a do Luciano, embora tenha vivido em grandes capitais e conhecido países miseráveis, muito piores que o nosso e com um índice de pobreza abaixo do considerável, mas me coloco na pele de quem já o sofreu, portanto, afirmo que o ato público feito por Luciano Huck foi normal e deveria ser copiado, sem nenhuma “puxação de saco”.

Se ele nasceu rico; se ele casou-se com alguém de fama; se ele tem um Rolex ou um relógio paraguaio, é um problema exclusivamente dele, mas quando quem quer que seja, é assaltado em plena luz do dia e ninguém diz nada, ninguém faz nada, isso já passa a ser um problema público, de todos.

Aos que taxaram o moço de qualquer outro predicado que não fosse relacionado ao bem, com certeza, ou equivocou-se nos comentários ou está com inveja e o mesmo medo que tenho do ladrão que roubou o Luciano, também o possuo de quem, sem nenhuma razão ou conhecimento jurídico, perde seu precioso momento para escrever bobagens infantis de alguém que sequer o conhece.

É uma pena que a internet sirva também para propósitos néscios e que abrigue anonimamente seres tão estúpidos e maldosos. Graças a Deus, a nossa imprensa (jornalística) ainda se preserva séria e nenhum veículo de mídia sério, pare para dar ouvidos a este tipo de comentário.

Luciano é um cara do BEM e isso basta para termos a atitude de cavalheiro de apóia-lo numa hora como esta e jamais discrepância de taxa-lo de qualquer outra coisa, senão, um homem sensível que faz deste Brasil ignorante, um ícone naquilo que escolheu como sua missão.

Carlos Henrique Mascarenhas Pires

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