11 DE MAIO, A VIAGEM
11 DE MAIO, A VIAGEM
Transformação,
Passagem,
Vida eterna,
Viagem,
Liberdade do corpo físico,
Descanso eterno,
Morte do corpo e ressurreição da alma,
A hora é chegada,
Desencarne,
Missão cumprida,
Vida em outro plano,
Atravessa a linha do horizonte,
Falecimento,
Morte,
Tempo determinado por Deus...
São muitas as palavras e expressões usadas para o fato de alguém deixar de viver, fisicamente, e sair do convívio da família para não o vermos mais.
Costumamos usar todas as que melhor se adequem ao que precisamos sentir de conforto, confiança e manter a fé, pois a dor é indescritível.
O tempo passa e, cada vez mais, nos fortalecemos com as Palavras e promessas de Jesus, tornando mais real a certeza de que a vida continua em outra dimensão. Desta forma, nós nos apoiamos firmemente no que foi dito: o corpo é um invólucro que é descartado e a alma é a essência que continua viva, como a semente.
A saudade é priorizada, é mais companheira, e amortece a dor da separação, mas a ausência física continua a fustigar a nossa vida.
Nada é mais como antes. Parte da nossa alegria é perdida, mesmo sabendo que todos seguem o mesmo caminho algum dia.
Maio, mês de Maria, a Mãe Maior e da celebração do Dia das Mães em nosso País.
11 de Maio, muitas vezes no calendário, coincide com a semana que se segue após o Dia das Mães, como acontece em 2020.
Há 37 anos, no dia 11 de Maio ( uma quarta-feira após o Domingo das Mães) a nossa querida Mãe, tão presente em nossa vida, tão zelosa, tão guerreira, tão amorosa, tão alegre, tão sábia, tão completa, atravessou essa fronteira desconhecida, como se descansasse a cabeça e dormisse feito um pássaro, diante das duas filhas.
Proclamei imediatamente que ela teria a vida continuada na eternidade, e fatos me deram, posteriormente, esta certeza.
11 de Maio de 2020, mais um Dia Comemorativo da sua grandeza maternal sem ela conosco. Eu poderia não mais nutrir esta sensação de impotência e muita tristeza por não poder vê-la e dizer-lhe quanto a amo e quanta falta ela continua a fazer.
A sensibilidade à flor da pele, porém, faz os olhos marejarem, a voz embargar e o peito apertar, com a esperança de qualquer sinal simbólico da sua presença, como um pequeno beija-flor no jardim, ou um sonho no qual eu a visse e, quem sabe, até nos abraçássemos.
Fica em paz, minha mãe, não se perturbe!
Deus sabe que confio nos Seus cuidados com a senhora, mas também conhece a minha alma, os meus sentimentos e viu a minha fragilidade nestes dias, como a de uma criança carente de colo da mãe. Meu amor e minha gratidão continuam imensas. Sei da sua incrível capacidade de se colocar no meu lugar e entender o que sinto.
Assim, mainha, continue a sua evolução espiritual e, se tiver permissão de Deus, olha e abençoa suas filhas, netos e bisnetos queridos!
Dalva da Trindade S Oliveira
(Dalva Trindade)
11.05.2020