Carta sobre o Magistério
CARTA SOBRE O MAGISTÉRIO
Miguel Carqueija
Carta publicada no jornal “Tribuna da Imprensa” do Rio de Janeiro, na edição de sábado/domingo, 18 e 19 de julho de 1998, sob o título “Mestres”:
A prolongada greve dos professores universitários chama a atenção para essa revoltante situação do magistério no Brasil. Uma profissão nobre que, entre nós, vive com salário de fome. O que leva o Estado nos seus vérios níveis — federal, estadual e municipal — a achincalhar a profissão de professor? Como se pode esperar que as crianças e os jovens adquiram instrução, gosto pelos estudos, responsabilidade, que se preparem para a vida, se não se oferecem as mínimas condições de dignidade aos formadores? Sandra Cavalcanti defendeu certa vez um piso de seis salários para os professores (o que daria hoje 780 reais, que está longe de ser muito), acrescentando com propriedade que, sem isso, “não tem tijolo que dê aula”. O fato é que muitos brasileiros que sentem vocação para o magistério acabam seguindo outros rumos por falta de estímulo salarial. Pagar bem aos professores é dever patriótico. Pagar mal é enxovalhar o Brasil.
CARTA SOBRE O MAGISTÉRIO
Miguel Carqueija
Carta publicada no jornal “Tribuna da Imprensa” do Rio de Janeiro, na edição de sábado/domingo, 18 e 19 de julho de 1998, sob o título “Mestres”:
A prolongada greve dos professores universitários chama a atenção para essa revoltante situação do magistério no Brasil. Uma profissão nobre que, entre nós, vive com salário de fome. O que leva o Estado nos seus vérios níveis — federal, estadual e municipal — a achincalhar a profissão de professor? Como se pode esperar que as crianças e os jovens adquiram instrução, gosto pelos estudos, responsabilidade, que se preparem para a vida, se não se oferecem as mínimas condições de dignidade aos formadores? Sandra Cavalcanti defendeu certa vez um piso de seis salários para os professores (o que daria hoje 780 reais, que está longe de ser muito), acrescentando com propriedade que, sem isso, “não tem tijolo que dê aula”. O fato é que muitos brasileiros que sentem vocação para o magistério acabam seguindo outros rumos por falta de estímulo salarial. Pagar bem aos professores é dever patriótico. Pagar mal é enxovalhar o Brasil.