Cinthya, meu amor...!
(Cartas)
Cinthya, meu amor..., o momento é tão triste, tudo é desolação, flores caídas... jardins abandonados, ruas desertas e pessoas, ainda que poucas se afastando uma das outras; ah, Cinthya parece que o mundo está desabando. É muita gente morrendo.
Vejo a vida passando..., nuvens carregadas com tantos passados, apontando desencantos, murmurando cantos tristes, traduzindo o fim da esperança. Longe de tudo que somos, que fomos.
Como garças que bicam o oceano e cospem p’ra fora, somam-se ao vento frio do desconforto, olham o horizonte e se entristecem, emudecidas com o paladar do nada, perdem a vontade de voar na imensidão do universo. Não era esse o nosso mundo.
Sorrisos poucos que já não reconhecem as feições da alegria nem as farpas do prazer, dói em todos a pele amarelada pela insônia dos horrores.... Ouço uma gritaria infinita, ecoadas de estádios vazios, vejo labaredas de fogo que invadem tabernas, destruindo os alimentos, queimando as ilusões. Assim me ocorre.
A bússola que indicava o Norte enguiçou, quedou de tristeza vendo o trânsito fluir em direção oposta, n’uma velocidade que congela o sangue e desarruma as taperas, empoeiradas de saudades. Tanta gente ausente querendo voltar. Assim acontece.
Que será que nos resta?!... Parece um adeus sem festa, iguais a calçados velhos desbotados pelo tempo das decepções mundanas, culpados que são pelos calos da amargura nessa provável ida sem volta.... Este isolamento está me acabando.
Anime-se Cinthya, sei que podes... você é forte... cuide-se ... você precisa viver ...
(...)
(Cartas)
Cinthya, meu amor..., o momento é tão triste, tudo é desolação, flores caídas... jardins abandonados, ruas desertas e pessoas, ainda que poucas se afastando uma das outras; ah, Cinthya parece que o mundo está desabando. É muita gente morrendo.
Vejo a vida passando..., nuvens carregadas com tantos passados, apontando desencantos, murmurando cantos tristes, traduzindo o fim da esperança. Longe de tudo que somos, que fomos.
Como garças que bicam o oceano e cospem p’ra fora, somam-se ao vento frio do desconforto, olham o horizonte e se entristecem, emudecidas com o paladar do nada, perdem a vontade de voar na imensidão do universo. Não era esse o nosso mundo.
Sorrisos poucos que já não reconhecem as feições da alegria nem as farpas do prazer, dói em todos a pele amarelada pela insônia dos horrores.... Ouço uma gritaria infinita, ecoadas de estádios vazios, vejo labaredas de fogo que invadem tabernas, destruindo os alimentos, queimando as ilusões. Assim me ocorre.
A bússola que indicava o Norte enguiçou, quedou de tristeza vendo o trânsito fluir em direção oposta, n’uma velocidade que congela o sangue e desarruma as taperas, empoeiradas de saudades. Tanta gente ausente querendo voltar. Assim acontece.
Que será que nos resta?!... Parece um adeus sem festa, iguais a calçados velhos desbotados pelo tempo das decepções mundanas, culpados que são pelos calos da amargura nessa provável ida sem volta.... Este isolamento está me acabando.
Anime-se Cinthya, sei que podes... você é forte... cuide-se ... você precisa viver ...
(...)
(Cinthya que pode ser Marília, Renata, Inácia, Jurema ou tantas Marias...)
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