HELÔ
Helô
Aqui estou, novamente, fazendo uma cartinha para você. Sinto-me feliz! Eis sua nova obra literária que a meu ver expressa sua diferença como escritora. Estórias de Todas Nós anuncia narrativas singulares de uma forma peculiar. Elas são escritas com seu jeito irreverente, intrigante e seu toque de humor inconfundível. São escritos permeados de sinceridade, de reinvenção do cotidiano de todas nós, mulheres corajosas, impulsivas, tenazes, resistentes. Você está presente com sua insistente vontade de viver, sua intensa coragem diante da vida e, ao mesmo tempo, com uma tristeza diante do inexorável tempo do envelhecer.... Cheguei ao outono. Fiquei amarga ou desencantada, não sei...? Não sei. Só sei que não consigo processar essa passagem. A Heloisa de todas nós, na forma de contar suas estórias, de registrar o seu olhar sobre as coisas, de rebuscar experiências significativas e românticas consegue torná-las presentes na circunstância da sua escrita. Já te falei do meu recanto predileto? Aquele amigo, onde ao entardecer o sol beija a lua e.…! Quanta poesia! Você escreve sobre a saudade das pessoas presentes ainda em sua vida E quando ela partiu o céu chorou. Narra fatos passados que não escapam de sua memória. Consegui desvincular-me devagarzinho entre uma taça e outra de amores que me prendiam ao passado que em algum lugar me aprisionou.... Enfim, são tantas estórias de amor, ternura, dúvida tristeza, dor, pranto contido, decepção, amargura, do riso espalhado em algumas dela, das engraçadas investidas na política. Mais e mais do que a vida ofereceu a você, Helô. Ler seu livro foi prazeroso pela beleza poética de sua escrita, pois, também, aprendi a ver outras faces da vida na sua complexidade invulgar.
Carinhosamente
Regina