Mundo em quarentena
O mundo está recluso, confuso.
Clamando ajuda de forças humanas e sobre-humanas.
Momento que nos chama ou nos impõe pensar...
A entrar com os nossos sentimentos, de dentro para fora, de fora para dentro.
De expandir a visão para as coisas que são verdadeiramente essências, importantes para nós, não apenas como seres humanos, mas, para além disso.
O mundo nos chama para a autotranscedência, para a empatia, para as mãos dadas em um momento que não podem ser tocadas...
Talvez seja mais fácil fugir em meio ao barulho, em meio a falta de tempo e tantos afazeres que estamos acostumados a lidar; que se pararmos para pensar, sem amor não nos levam a lugar algum.
Que neste momento de tanta dor que assola o mundo, o nosso planeta terra, possamos exercitar um olhar mais circunspecto, mais sereno, mais acolhedor, minucioso e amável com nós mesmos e com o próximo.
Desde jovem escutamos das Sete Pragas do Egito, das Guerras Mundiais, de surtos virais e pandemias que assolaram e ressoou em nosso planeta.
Não seria a hora de pararmos com tanta intolerância, de exercitarmos a abraçar a nós mesmos, de entrar em contato com as nossas demandas subjetivas, fazer as pazes com a nossa criança interior, e de forma genuína correr para os braços do Pai?
De reencontrar o amor verdadeiro, não esse que falamos da boca para fora, mas em ações com nós mesmos e com quem está ao nosso lado.
Acho que as crianças e os animais são muito bons nesta arte em interagir com o mundo. Genuínos por essência, abertos ao intangível da vida, e de uma troca gigantesca de ensinamentos... Ah! E daí você me pergunta os animais? E eu respondo sim! Tratados como irracionais, eles nos ensinam tanta coisa e uma delas é o cuidar, sinalizar que a nossa natureza, as nossas árvores e pequenas belezas e aromas são maiores que muitas riquezas que amontoamos por aí. Você que interage com algum animal sabe muito bem o que estou falando. Quantos as crianças, quem não se contagiou com um sorriso delas em nossos dias mais difíceis e brincadeiras que nos desconcertam e que nos chama a se desconectar de preocupações desnecessárias.
Espero sinceramente que possamos em breve sair desta reclusão. Mas, com uma versão melhor de nós mesmos, do mundo, do que significa de fato o amor e a caridade; a empatia; uma melhor interação e responsabilidade política; de enxergar o valor das coisas intangíveis do mundo, que não se compra com dólar ou com euros, nem tampouco se faz presente num frasco de perfume, mas num abraço verdadeiro, no cheiro das flores e da natureza em si, nos sons emitidos pelos animais que estão em extinção, no barulho das águas que nos fala... E, em sermos verdadeiros seres humanos no sentido próprio da palavra, em constante processo de evolução, caminhando para a versão melhor de nós mesmos.
Aqui se faz presente um pouco dos meus sentimentos que compartilho com o universo.
Com amor, Juliana