Uma carta de amor para Clara
Catânia, quando as nuvens cobrem o Etna
Minha doce Clara,
Tu estás bem? Hoje ao retornar de Siracusa onde fui encontrar um amigo de muito tempo, fiquei bastante preocupado por não encontrar nenhuma mensagem tua.
Se estás muito empenhada com o trabalho, te suplico, escreva-me, ainda que uma só linha, eu entenderei. Mas não me castigues com teu silêncio, assim evitarei os maus pensamentos.
Viciei-me no teu amor, esta é a razão da minha tristeza quando não tenho notícias tuas. Enquanto te escrevo esta mensagem ouço uma canção cuja letra é o roteiro do que estou sentindo neste momento. A canção diz assim:
“O que havia naquela flor que me destes?
Talvez uma poção de estranhos poderes?
Ao tocá-la o meu coração tremeu
E seu perfume perturbou-me os pensamentos.
Nos movimentos das ondas
Há um encanto que vem talvez de ti,
Por onde passas fica no ar
O perfume doce que vem de ti
E no jardim dos meus sonhos dourados
Por onde os teus pés pisam
Nasce uma nova flor.
Não! Não te peço nada minha amada.
Até hoje só o pranto eu tenho.
Mas te pergunto se tu és
Uma ninfa, ou uma fada?
Ou apenas uma doce aparição?
O que existe neste teu olhar fatal,
Qual a magia do teu modo de falar?
Quando me olhas
Uma embriaguez me assalta
E se me falas então me sinto morrer.
Não tenho esperança no amanhã
O meu coração só me faz sofrer.
Mas se me olhas uma embriaguez me toma
E se me falas sinto-me morrer...”
Vês, minha doce Clara? Eu encontro nosso romance até nas canções do começo do século passado.
Ama-me como eu te amo, minha querida. Nesse momento vejo tuas fotos, cada uma mais bela do que outra, numa delas tu estás parecida a um lírio rosado, chego a sentir o perfume que exala de ti. Nunca me cansarei de amar-te, meu tesouro.
Buona notte amore mio!
Enzo
Hull de La Fuente
(Trecho do meu romance “Um amor siciliano”)
Catânia, quando as nuvens cobrem o Etna
Minha doce Clara,
Tu estás bem? Hoje ao retornar de Siracusa onde fui encontrar um amigo de muito tempo, fiquei bastante preocupado por não encontrar nenhuma mensagem tua.
Se estás muito empenhada com o trabalho, te suplico, escreva-me, ainda que uma só linha, eu entenderei. Mas não me castigues com teu silêncio, assim evitarei os maus pensamentos.
Viciei-me no teu amor, esta é a razão da minha tristeza quando não tenho notícias tuas. Enquanto te escrevo esta mensagem ouço uma canção cuja letra é o roteiro do que estou sentindo neste momento. A canção diz assim:
“O que havia naquela flor que me destes?
Talvez uma poção de estranhos poderes?
Ao tocá-la o meu coração tremeu
E seu perfume perturbou-me os pensamentos.
Nos movimentos das ondas
Há um encanto que vem talvez de ti,
Por onde passas fica no ar
O perfume doce que vem de ti
E no jardim dos meus sonhos dourados
Por onde os teus pés pisam
Nasce uma nova flor.
Não! Não te peço nada minha amada.
Até hoje só o pranto eu tenho.
Mas te pergunto se tu és
Uma ninfa, ou uma fada?
Ou apenas uma doce aparição?
O que existe neste teu olhar fatal,
Qual a magia do teu modo de falar?
Quando me olhas
Uma embriaguez me assalta
E se me falas então me sinto morrer.
Não tenho esperança no amanhã
O meu coração só me faz sofrer.
Mas se me olhas uma embriaguez me toma
E se me falas sinto-me morrer...”
Vês, minha doce Clara? Eu encontro nosso romance até nas canções do começo do século passado.
Ama-me como eu te amo, minha querida. Nesse momento vejo tuas fotos, cada uma mais bela do que outra, numa delas tu estás parecida a um lírio rosado, chego a sentir o perfume que exala de ti. Nunca me cansarei de amar-te, meu tesouro.
Buona notte amore mio!
Enzo
Hull de La Fuente
(Trecho do meu romance “Um amor siciliano”)