Carta ao mau leitor.
Quem disse que a boa poesia, precisa de rimas,
dos exageros das terminações.
Versos politicamente corretos, tornar-se-ão imperfeitos;
na visão do contumaz leitor.
Sem a alma poética, não há texto que resista a voraz leitura,
ao atropelo da vírgula, a exclusão mental das metáforas.
“Eis o que sou diante de teus olhos... letras miúdas precipitadas no vazio.”
No vai e vem frenético de seus dedos, o ponto final ficou esquecido,
juntando uma frase a outra e modificando o sentido, transferindo a idéia
central da estória para uma hipótese qualquer.
Então, leia-me verso a verso,
saboreando cada palavra,
com o olhar passivo e contemplador.
Pois, em tua altivez,
terei prazer em ser escrava
e não verás o lamento deste autor:
Ass: A Poesia