Carta para educadores da Educação Básica do Brasil!
Carta a professores da Educação Básica do Brasil!
Colegas,
É tempo de renovação da dança, do jogo pedagógico da sala de aula. Ainda perguntaremos onde é a sala de aula? Somente tentando responder essa indagação construiremos novos espaços de aprendizagens.
Os jardins das escolas, as praças da cidade, os centros de artes e artesanatos, as corredeiras de rio, as oficinas de marcenarias, as bibliotecas públicas, salas de leituras, o parque, os pátios, as quadras, os ginásios de esportes, os estádios municipais, as sombras de árvores frondosas, os lagos, a beira das praias, enfim, tantos espaços alternativos, mas nós insistimos no mesmo lugar fechado entre quatro paredes, onde educação vira segredo, é a tradicional sala de aula com quadro e outras tecnologias pedagógicas.
Romper com o tradicional em prol da aprendizagem significativa não é uma simples troca de espaço físico. É mudança conceitual da forma de ensinar e de utilizar espaços alternativos para estimular a juventude a pensar. A rotina tradicional cansa professores e estudantes, limitam as ações dialógicas e condicionam o corpo e a mente de aprendizes e ensinantes a letargia.
Nada se faz sem planejamento, mesmo as possibilidades de improvisos casuais precisam de reinvenção comportamental de professores. A criatividade cênica se dá quando nos propomos a fazer releituras dos objetos cotidianos como cadeiras, mesas, canetas, cadernos, livros, entre outros. Releitura de objetos é um convite importante para a recomposição da cena de aprendizes e de ensinantes, é uma provocação, desafios para os olhos, para as mentes e para todos os sentidos humanos. Porque falar sobre o deslocamento simbólico das coisas que estão ao nosso redor constitui um novo cenário, uma nova experiência de vida, uma nova chance de rever os caminhos, principalmente, quando fazemos links com os conteúdos a serem aprendidos/ensinados.
Precisamos nos dar uma chance de materializar o conhecimento pelas experiências que vão além dos livros didáticos. Nada é tão simples, mas é preciso começar o processo construtivo das aprendizagens que promovem mudanças nos aprendizes, nas suas reações diante dos fatos.
Uma sugestão para professores de linguagens é a leitura de recortes de jornais, ou notícias que chegam pelas redes sociais, quando podemos fazer uso das novas tecnologias de informação e comunicação, usando os Smartfones, mas nem todos tem celular, então que tal utilizar o trabalho compartilhado em duplas ou trios? Sempre há uma chance de recomeçar a cena, a composição do cenário, a disposição dos atores e atrizes aprendizes e a postura de educadores e educadoras! Vamos Tentar?