Quem realmente sou

Durante um bom tempo eu acreditei em tudo o que diziam sobre mim.

Acreditei no que falavam sobre quem eu era, o que eu era, o que eu deveria ser.

Acreditei quando apontaram meus defeitos, me sentindo culpada por não seguir à risca o padrão da imagem que criaram para mim.

E em certo momento, quando me dei conta de que perdi muitos amigos e amores, ou pelo menos assim eu os nomeava, senti a dor e o prazer de estar apenas comigo mesma, com minha consciência.

Não havia mais vozes me “aconselhando”, me “sugerindo” o que eu deveria ser, fazer, ou deixar de fazer.

Eu escutei apenas a minha consciência. Apenas ela me alertou sobre tudo o que eu precisava mudar em mim para me tornar uma pessoa melhor.

Foi então que me dei conta de que eu não sou e nem preciso ser a projeção daquilo que “criam” sobre mim. Eu não tenho que corresponder aos anseios daquilo que esperam de mim.

Eu sou o que sou, e apenas eu sei o que é isso. Quem realmente me amar, estará do meu lado me aceitando como eu sou, sem a ânsia de provocar mudanças na minha essência.

Viver à mercê do que esperam de mim, me dedicando a corresponder às expectativas alheias, apenas fará de mim um ser humano infeliz e com a alma esmagada.

Aos que se distanciaram de mim pelo fato de eu não corresponder às suas expectativas, deixo aqui meu adeus e meus votos de felicidade. Graças a vocês, eu puder ver claramente a pessoa que eu realmente sou e quem eu desejo ser.

Adriane Oliveira
Enviado por Adriane Oliveira em 06/02/2020
Reeditado em 06/02/2020
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