VEM SIMBORA

Gostaria meu amor de falar do teu cheirinho, ou da falta de odor que vem de ti.

- "amarela, cheira o meu suvaco", cheiro sim, mas nem tem perfume...

- "cheira de novo, vem simbora", olha meu japa, queria sempre ter o teu suvaco e o resto do teu corpo assim, vulnerável, à disposição do meu nariz empinado.

Saudade das brincadeiras, das gargalhadas fartas, dos cheiros pernambucanos antes de beijar na boca.

Aqui em 18º andar, com uma brisa fresca nesta cidade do sol, sinto o cheirinho dos teus cabelos, do teu colo, de tu.

Vem simbora, acordo falando isso, vem simbora pernambucano arretado, estamos perdendo tanto tempo que não temos.

(Inspirada nas cartas de Eurilo Duarte (pena que não tive acesso às respostas de Midinha), me coloco diante deste teclado para escrever coisas de amor, de saudade e de tantas que povoam a minha mente)

Alda Germano Rodrigues
Enviado por Alda Germano Rodrigues em 29/01/2020
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