À majestosa Imprudência

Querida Imprudência, oh Majestosa!

Se lembra de quando você me pediu para que eu escrevesse sobre todas as minhas ilusões?

Do que adiantaria? Você não as leria mesmo!

Grande parte das coisas que eu já escrevi na vida foram para você.

Mas você não acreditaria em mim.

Entrou ano e saiu ano. Uma década se passou. Essa cicatriz ridícula ainda continua aqui.

Aquele beijo roubado mexeu com minha estrutura, me desconstruiu.

Depois que você se foi, joguei toneladas de areia em meu coração para enterrar todas as mentiras que você plantou em mim quando brincou de me conquistar.

Esses dias eu vi que o meu demônio interior não resiste a cor amarela dos seus olhos.

Brindamos ao azar levantando o copo de Bourbon naquela noite.

O seu sorriso tímido quando percebia que eu não conseguia parar de te admirar.

Maldição!

Está comprovado que você é minha criptonita, e eu não aguentaria mais um dia sequer ao seu lado sem me quebrar ao meio mais uma vez.

Então entenda isso como um adeus.

Pois nada mudou, mesmo você dizendo que sim.

Talvez as escolhas, pois sabemos que isso nunca nos deixará em paz, seja dizendo sim ou dizendo não aos nossos desejos.

Você é a minha melhor parte enquanto eu ainda estou na pior versão de mim mesma.

Talvez isso explique a nossa incompetência.

Quero que me poupe desse seu plano maligno, pois eu não sei se sobreviveria a mais um triângulo amoroso.

Então entenda uma coisa, eu não serei mais o seu troféu para provocar ciúmes.

Portanto iremos dar um fim nessa caçada às bruxas e deixar que os nossos monstros destruam a si mesmos.

Talvez seja o melhor a se fazer para enterrar de vez todas as promessas vazias.

@gabygilmoreofficial

Gabriella Gilmore
Enviado por Gabriella Gilmore em 15/01/2020
Código do texto: T6842441
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