Carta à minha amada sobrinha Bel

Natal-RN, 23 de abril de 2015.

À minha amada Bel,

Belzinha, nunca fui muito boa na escrita quando emocionada. É como me encontro agora, nesta data tão especial para você, para mim, para os seus familiares e amigos. Mas, vou procurar escrever um pouco dos meus sentimentos sobre este lindo momento. Você cresceu tão rápido! Ficou grandona, de repente! Parece que foi ontem, parece que foi ainda há pouco que segurei vocês nos braços e brinquei de fazer-lhe sorrir!
Minha Bel, das continhas de matemática que me via atrapalhada na soma ou divisão e sorria junto comigo. A minha sobrinha amada por todos hoje completa quinze anos de alegria, esperança, amor e juventude. Quinze anos que veio ao mundo para nos trazer o amor ao próximo.
Vá ser mulher feliz na estrada da vida, Bel! Cresça bem muito diante de todos e de tudo! Cresça junto com os seus sonhos, as suas lacunas, os seus parêntesis, as suas palavras, as suas vivências! Coloque reticências na boa história da sua juventude para poder voltar sempre nela quando sentir desejo. Junte o seu brilho ao das estrelas e siga à frente dos ideais da sabedoria e prudência. Guarde dentro de você todas as vontades de ultrapassar fronteiras e de vencer barreiras para enfrentar as intempéries da vida. Navegue em barquinhos frágeis com capitães corajosos, pois o melhor do homem é saber que em suas mãos está o começo de um novo amanhã. Não tenha medo de construir moradas dentro de você para abrigar viveres. A lua nasce sempre para quem segue adiante com vontade própria e pés que sabem caminhar em solo de pedra ou barro. Que o difícil seja um mero espectador da sua coragem de atirar-se aos ideais com maestria.
Viver não é fácil, Belzinha. Há tristezas, saudades, perdas e desânimos. Há lágrimas dentro e fora da gente. No entanto, viver exige coragem. Isso eu sei que você tem. Nunca permita que os outros tracem o seu destino, mas crie você mesma a estrada pela qual construirá o alicerce do seu amanhã. Ande com os pés firmes no chão e nunca aquiete-se quando lhe disserem ser impossível retornar, pois o retorno está à espera daqueles que não se escondem diante das dificuldades. Seja você, sempre. Vista-se de azul, branco ou vermelho, mas vista-se acima de tudo com as cores da perseverança múltipla de ser sujeito-objeto na terra pátria, lugar da nossa morada.
Belzinha, amo você! Sempre amarei! Seu jeito de menina constrói em mim milhões de outras meninas cheias de entusiasmo e delicadezas para ir de mãos dadas com o livre-arbítrio cheia de contentamento ser feliz na trajetória de uma vida digna de vitórias e conquistas.

Um abraço de quem muito te ama,
Danda