Essência envelhecida
Não busco desculpas para o irremediável. Os abusos aos quais me permito limitam meus próprios atos. Não há o que contestar, ou mesmo a quem culpar quando sou eu quem se perde em indefinições
e prerrogativas absurdas, pivores constantes de uma imaturidade atemporal, cuja existência se baseia em respaldos absolutos de minha constante insegurança. Sofro dores que invento e adentro a imaginação com suposições dilacerantes. E, embora saiba que nada nunca mais será como antes, apenas contemplo meu ser em pedaços, enquanto imagino a mulher que mais amo, deleitando-se em outros braços...