Ao Meu Filho Gay

(texto publicado por mim em janeiro de 2014)

Não, você não é normal.

Se fiz um bom trabalho você não é alguém tão influenciável. Por isso, sabe que a tua condição não é normal. Mas eu quero te lembrar das coisas básicas, daquelas que você talvez tenha esquecido. A primeira é do meu amor, incontestável, imutável, incondicional. A segunda é do amor do Grande Pai, que diferente do meu ainda é Santo e Infinito.

A terceira é que Deus te fez do jeito que você é. Ele permitiu que tivéssemos inclinações para diversos pecados. É uma condição que não te isenta da responsabilidade: tudo de errado que fizer com as tuas inclinações pode ser julgado por Deus porque Ele se tornou homem e foi tentado assim como você, mas não pecou [Hebreus 4:15].

Isso nos leva à quarta: a prática homossexual é pecado. Não importa o que digam, ela é. Mas orgulho também. Hipocrisia também. Falta de amor também. Como eu, imundo, infinitamente pior que você, poderia te julgar por qualquer coisa? Mas a quinta consideração é que Aquele que nunca cometeu pecado pode te julgar. Mas Ele escolheu se fazer pecado, sendo punido pelas NOSSAS transgressões, para que nós possamos viver de acordo com Sua vontade [II Coríntios 5:21].

Por isso, você não vai para o inferno apenas por ser gay. Se para lá for, será por cada mentira, cada pequeno gesto contra a santidade de Deus e contra as pessoas. As tuas contas estão ai, acumulando.

Sete, se você tem fé em Cristo, as contas já foram pagas. Está consumado. Oito, sempre seja honesto consigo mesmo. Se você é mesmo gay, é uma cruz que precisa carregar. Estarei ao teu lado, mas não posso te ajudar a carregá-la, porque minhas duas mãos estarão ocupadas carregando a minha própria.

P.S.: Eu te amo, mas continuo achando teu cabelo muito esquisito.