Evocação

Te escrevo com ternura nessa distância infinita

De quem pergunta e sabe que nao terá resposta jamais!

Infinitos sóis, constelações....onde estará?

Repicou o sino e o véu se fez!

Olhar sereno...supremo adeus!

Não me disse nada, porque será?

Nesta Vida sei que estavas perto,

mas distante tua Alma a silenciar!

Te escrevo segurando o coração, entrevendo tua solidão.

Palavras que não foram ditas, querendo dizê-las!

Turva os olhos e estanca a chuva que rola sem querer.

Ah! Que triste o amanhecer!

Aquietaste a dor, esperando um abraço meu!

Em vão eu soube,a tristeza enorme que havia em ti!

Mas te escrevo porque sei que me ouvirás!

No oceano tragado que foi cada gota a transbordar.

Mas que adiantam as palavras, se teus lábios emudeceram?

Se teus olhos não poderão me ver jamais?

Ah! Pode a dor, estranha te buscar?

Meus Poemas te chamam e é o silêncio a responder?

O Tempo que tivemos...não o tivemos jamais!

Que outras bocas fizeram seu desfecho , inúteis e cruéis?

Onde buscaste alento se não o desejavas mais?

Mesmo assim te escrevo! Piegas...triste dia.

Pois arremesso ao longe, estas vogais que não se usam mais.

Tranquei no peito os dizeres que não adiantavam mais.

Mas ouve oh coração amigo:-“onde estiveres

Me leva em ti, que te levarei em mim”!

Berta Novick
Enviado por Berta Novick em 27/11/2019
Reeditado em 27/11/2019
Código do texto: T6805018
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