Nossa última carta de amor
Então, essa é nossa última carta de amor, lembro-me ainda como foi te escrever a primeira vez, te descrever as sensações que senti, e que nunca se apagarão de mim...
Então realmente temos que chegar ao fim, já não há motivos pra continuar com esse conto, com essa crónica mal feita e muito bem colocada.
Aliás nunca houve, não entendo por que por tanto tempo sustentei a idéia de te esperar e ter esperança de você voltar a viver entre o eu e o você...
Incrivel, como a cada dia que se passou desde que voce decidiu assim, eu mudei, eu cresci, minha alma cresceu comigo, eu aprendi tanta coisa e me decepcionei demais com o que descobri de você...
Descobri que não importaria que eu fizesse enquanto estava aqui, não estava comigo, não de verdade...
Descobri que não importa o que eu faça agora que sua matéria não está presente, nunca me conheceu de verdade, nem sabe como sou.
E entendi o por que de tudo ter acontecido dessa forma, no momento em que me disse pra seguir adiante...
Antes lágrimas aos olhos, hoje apenas uma pena incontestavel de você...
Você sempre vai lembrar de mim, um dia até com saudade, outros com ódio, mas vai lembrar...
Não serei seu fantasma, mas sua sombra vai me denunciar, não serei o seu dia, mas a noite vou estar com você, não serei nunca mais parte de dois corpos em um só, mas quando tocar em outro rosto vai lembrar do meu modo de fazer carinho e até do meu jeito quente de fazer amor.
Minha força como você mesmo diz...ou melhor, dizia...
Tive que me acostumar e pior sobrevivi...
Quando falo em você, penso em alguém sem respostas, acho que não tivemos tempo pra esclarecer algumas dúvidas e elas sempre pesarão o ar...
Mas, certas coisas não precisam ser respondidas pra se solucionar, não é, meu querido professor de filosofia.
A você nada mais que um simples vento, que uma suave brisa, que um simples silêncio...
A você com tudo o que levou na bagagem, e o pouco que esqueceu aqui, nada de tão importante, tenho certeza, mas que um dia sentirá falta, muita falta...