O TEMPO
Não sei ao certo quanto tempo te maltratei
Dias? Anos?
Tão perto, tão longe
No olhar minucioso do agora
Na velocidade ignorada e despercebida
Dualidade enternecida
Na beleza vivenciada de ontem
E a incerteza camuflada agora
Cortornos de uma tez outrora realçada
Hoje no espelho disfarçada
Quanto tempo?
Cada toque, um perfume, um gosto e o medo
Sensações e estórias desenhadas nas linhas inevitáveis do tempo
Vã tentativa ao fechar os olhos
As marcas em minha face são tatuagens distorcidas em minha alma
E essas eu não escolhi.