Uma carta que enviei bêbado e esqueci de publicar
Não sei se você vai estar acordada quando eu te mandar isso.
provavelmente não.
Voltei pra casa hoje me sentindo extremamente sozinho. mesmo que até ha pouco eu estivesse cercado de pessoas, e não tivesse passado um minuto sequer puramente sozinho.
Senti tua falta do começo até o fim da noite. Me peguei pensando nas sutilezas do teu olhar fugidio...
na forma que você me olhou da última vez que nos vimos... e nas coisas que você me disse, tentando disfarçar o que estava sentindo...
Puta que pariu. É muito injusto que esse tipo de coisa não simplesmente flua. Eu me vejo perdendo tempo com coisas que não somam nada na minha vida. E eu sei que você sente algo parecido. Se não sentisse, eu não teria visto o sorriso que eu vi, se abrindo na sua boca, quando você entrou no bar.
Eu só queria ficar junto, sem ter que pensar em mais nada. Nem dar explicação pra seu ninguém.
O foda é que eu sempre tenho que explicar pra mim mesmo, que talvez nunca vá dar certo. Por que eu não sou o tipo de cara que tem sorte nessas coisas.
Foi bom te ver ainda assim... Foi bom saber que você existe. Foi bom sentir seu cheiro na minha camisa, mesmo depois qe você foi embora.
Puta merda... Você foi embora...
E era mais fácil eu não falar mais nada e fingir que as coisas são simples assim,
como excluir tua conversa no celular
e apagar tua foto da minha galeria e fechar os meus olhos pra o que eu estou sentindo... Não sei se você sabe, Mas é FODA ter que fingir que meu coração não dispara quando você fala comigo. Mas ainda assim eu finjo... todo o santo dia.
E pior do que fingir é quando você não fala...
Puta merda. O teu silêncio é um inferno... E eu não sei mais o que falar sobre isso.
Eu sei que você só quer alguem pra amar. E pra estar do teu lado,
enquanto todo o resto desaba.
Talvez eu não seja esse cara,
Ou talvez eu pudesse ser,
mas por uma questão de sorte,
ou de azar
acho que eu perdi a vez,
antes mesmo de te olhar.