Carta ao meu pai. Tal como Kafka.
Pai, não lembro quando deixamos de ser amigos. Ou talvez eu lembre. Será que algum dia você pensou em mim? Pensou em meu amar como sou? Em me defender dos outros em vez de ter vergonha de mim? Acho que estamos em uma longa viagem... Vamos caminhar por caminhos diferentes, quase opostos, mas se nos mantermos vivos e sãos, nos encontraremos no finalzinho da caminhada.
Nunca vou te fazer feliz e talvez não esteja presente nos seus dias felizes. Independente disso, te amarei com ternura enquanto meu coração bater e espero que você seja muito feliz sem magoar, machucar ou ofender ninguém.
Ak, 15 fev. 2019