QUANDO VIERES V (Dias de esperas)

Traz os cheiros e estalidos dos minúsculos ramos que pisares e quebrares no caminho.

Abre os cortinados das densas copas das árvores, para que os pássaros te sigam e te acompanhem numa sinfonia musical

Levanta os braços bem alto e colhe umas partículas douradas de sol…

Assobia uma canção com a alma e em duelo com os simples pardais.

Liberta as borboletas para que possam voar em círculos de sonhos sonhados por mim.

Quando vieres…

Vai tatuando pelo caminho o meu nome nos troncos das árvores centenárias.

Nunca esqueças o regresso à felicidade

Quando vieres…vamos esquecer o mundo, vamos apenas ouvir no silêncio…os nossos gritos a rasar o futuro.

Quando vieres traz o alto mar, até ao sopé da cidade.

Iremos plantar e semear apenas sementes de bondade.

Cultivar o carinho e fidelidade.

Quando vieres vai nascer o poema, feito a dois com versos feitos e perfeitos tal como os amores-perfeitos do teu jardim.

Quando vieres...vou-me inebriar com os cheiros dos jasmins.

Vou saborear os morangos silvestres que colheste e trouxeste para mim.

Quando vieres…Fica porque me queres.

06.10.2016

Maria Tecina.