PrOceSSo

Paulistana, em alguma noite de agosto.

Sabe aquela ideia de não se demorar onde não nos cabe? Estou com ela na cabeça, refletindo e refletindo.

Cada um de nós é uma imensidão e nessa imensidão estamos corremos o risco de nos perdermos. Alguns se sufocam, outros transbordam, tantos outros se afogam. Se existi verdade nisso, é a de que num determinado momento nos é cobrado olhar para dentro e ajustar esse espaço todo. Perceber o que está dentro, ocupando espaço, jogar algumas coisas fora, guardar outras e liberar espaço, para ir preenchendo-o com cuidado, com coisas que acrescentem significados positivos.

É fácil? Não! Olhar para dentro de si é doloroso, por vezes. Mas, essa é uma tarefa individual. Por mais eu eu tenha um espírito de ajudar, contribuir, facilitar, dessa vez tenho que me manter distante, em respeito ao que você é, em respeito ao seu momento, sua subjetividade e desafio de se reinventar.

Foi bonito! Tem um sentimento bom aqui. Não o jogarei fora, não o sufocarei, mas tratarei sim, de cuidar para que geri coisas boas. No mundo já há muitos males! E seria injusto com toda essa história e os momentos que partilhamos juntos.

Olhar para si é se deparar com tempestades em que as gotas de chuva corroem. É lidar com granizo caindo do céu e se machucar com alguns. Algumas gotas de sangue pra cá, outras para lá. Mas, mesmo a chuva passa, e o sangue estanca e a ferida sara. E no meio deles há algo chamado "Processo". Alguns são longos, outros são diversificados e cada um tem o seu.

"Processo", que palavra bonita, não? Oito letras, que juntas carregam tanta coisa, tantas oportunidades.

De tudo isso, quero aprender essa parte com você, se me permiti ainda mais esse aprendizado, quero aprender a olhar para mim e reconhecer, assim como você fez, a necessidade desse PrOceSSo.

Espero, e sei que acontecerá, de que no mais tardar do tempo, possamos perceber que estamos bem e que dentro de si há coisas maravilhosas.

Que o tempo, com a nossa máxima responsabilidade, cure todas as cicatrizes, até aquelas teimosas, que insistem em doer, em não estancar.

Que ao final, possamos ser nossas melhores versões.

Que no final a alegria tome conta do peito e que os músculos da subjetividade, que são feitos de sonhos e aprendizagens, estejam fortalecidos!

Que sejamos nossa melhor versão. Que nos tornemos o melhor de nós mesmos.

Abraços, para eu e você que estão buscando uma direção.

Fica na paz!