Tudo ou nada
Coração descompassado,
borboletas adejam no estômago,
mãos suadas no colo trêmulo.
Encontro predestinado,
prestes a ser consumado,
a meros mortais apartados.
Saciada a atração retraída,
abusei e fiquei viciada.
Dentre tantas idas e vindas,
prometemos ficar separados.
Seria tudo ou nada!
“Não posso ficar com você,
tampouco sem você”, eu disse.
Ele um tanto cansado ainda,
mentiu ao meu ouvido:
“Ter o meu coração já te basta,
você é minha poetisa amada”.
Aquelas...
Foram palavras forjadas,
ditas no afã do ato.
Perderam-se no silêncio
a que fui predestinada.
Sinônimo de nada.