Carta ao Excelentíssimo Presidente da Republica
Quando o sol cai e a noite escurece
Que de mansinho a lua aparece e a estrelas a reluzir
No infinito do céu cristalizando o reflexo
Da verde amazônica estampada na ondulação
Da pororoca,que por dentro de suas varreduras
Uma prancha leva contente o vulgo
Pelo norte e sul do Brasil
Cobiçado por entre mil,transbordando de uma riqueza infinita
Brasil verde e amarelo
Branco azul anil
Em cada cor uma alma,cada alma com mais resplendor
Alma da terra que onde se planta tudo nasce
Alma da terra que a água não foge
E da tua bravura não corre,não esconde
Com fortes braços este país erguestes
E agora nas migalhas do insensato
Tens por sobrevir um caos político
Dentro de uma estrutura social desmontada
Corrompida
Pela sobrevivência de um sonho que outrora
Realidade
Com pesares lastimáveis um nobre andarilho
Descreve-se por este Brasil de planaltos e planícies
Em busca da liberdade,suas pernas já cansadas imploram
Pelo bom senso que resta de um político metalúrgico
Que feraz com sutileza o pensamento desfaltez
Dos coronéis brasileiros...
Mirão da Estrada