Ínfima Esperança

Ínfima Esperança

Eu mereço a prisão perpétua,

onde terei tempo para escrever

sobre os momentos que furtei,

válidos por uma vida inteira.

Haja espaço nas paredes!

Outrossim ser condenada culpada

e ser apedrejada pelo mandamento,

eis que agora no exílio, eu lembro!

Foi porque brotou mísero absurdo,

erva daninha nas fendas do lógico.

Meramente um brilho no seu olhar

e um toque esguio de suas mãos.

O suficiente para a condenação,

por ter ousado uma única chance.

Ele? Liberto pelo mesmo pecado.

A esperança?

“... Era de vidro e se quebrou”.

Railda
Enviado por Railda em 30/07/2019
Código do texto: T6708549
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.