Ínfima Esperança
Ínfima Esperança
Eu mereço a prisão perpétua,
onde terei tempo para escrever
sobre os momentos que furtei,
válidos por uma vida inteira.
Haja espaço nas paredes!
Outrossim ser condenada culpada
e ser apedrejada pelo mandamento,
eis que agora no exílio, eu lembro!
Foi porque brotou mísero absurdo,
erva daninha nas fendas do lógico.
Meramente um brilho no seu olhar
e um toque esguio de suas mãos.
O suficiente para a condenação,
por ter ousado uma única chance.
Ele? Liberto pelo mesmo pecado.
A esperança?
“... Era de vidro e se quebrou”.