Quando as cores voltaram...

A muitos anos não escrevo um texto sobre como me sinto em relação a alguém. Mas vou tentar me expressar como eu fazia quando costumava ter 18 anos.

É verdade que meu brilho nos olhos voltaram, assim como uma vontade imensa de viver e sorrir, mas é verdade também que aquele medo que eu não sentia a anos voltou junto com o brilho dos meus olhos... Foi de repente, e como todas as coisas repentinas, não houve planejamento, não houve horas ou dias pensando em como, ou multiplicando valores e somando certezas, nada disso existiu... O que houve foi um simples e completo acaso, que alguns chamam de destino, mas que eu não sei ainda como classificar.

Mas como tudo na vida tem um preço, eu talvez esteja pagando o preço de ser feliz, quando? Como?

Quando estou longe... Como? Sem ver ou sentir graça em nada ao meu redor. Sim, eu sei, vivi assim por anos, mas depois de reencontrar as cores da vida, voltar a viver na paleta cinza é tão deprimente...

Se eu tenho medo de tudo isso? Lógico! Se tenho medo das escolhas que estou fazendo? Às vezes... Mas apesar de nossos medos ( porque sei que quem lê esse texto também tem os seus), a vida é uma eterna fase de decisões, viver ou não é uma decisão importante, mas a mais importante das decisões talvez seja como... E eu decido viver como? E eu decido viver com cores, e sim, medos, mas longe da paleta de cores cinza, na qual estive submersa nos últimos 12anos.