Sem você eu sou culpado.
Às vezes te culpo
Às vezes me culpo
E quando te condeno
Sinto que sou culpado.
E nesse julgamento em que me encontro
Nossos corpos que foram plenos
Não encontram-se mais suspensos
No nirvana da existência.
O quanto que te condeno?
Como faço? Eu te prendo?
E o plano que coordeno
Já nem sei se existe mais.
E no fracasso que me encontro
Já nem sei mais o que faço
Se pra todos os olhares
Eu esquivo e não me encaixo.
Ô juiz, vê se me prende!
Que não aguento mais aqui dentro
Desse corpo que eu condeno
E dessa culpa que carrego.
E no tempo que nem tenho
Vou pra todos os lugares
Me pergunto a todo instante
Quem será o meu algoz.
Ô algoz, vê se me mata!
E me tira dessa desgraça
Que eu não aguento mais viver
Sem amar esta mulher.
Arthur Felix, 12 de julho de 2019.
Eu não sei se você existe, mas sinto sua falta.
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