Carta de um perdido.
Quanto tempo mora no nosso tempo?
Quanta terra separa nossos caminhos?
Quantas lágrimas escorrem na nossa despedida?
Quanto amor pulsa nessa batida?
Quantos esbarraram nossos calcanhares?
E quantos souberam da nossa vida?
Mas qual parada desço na sua esquina?
E qual olhar captura teu afeto?
Quantas estrelas tem no seu céu hoje?
Como nós enfim nos encontraremos?
E quando amar deixou de ser pra ontem?
Arthur Felix, 12 de março de 2019.
Jogo essa carta ao mar na esperança de encontrar-me.