O quanto eu te quero.

Até quando eu espero?

Se nem sei o que quero

Nem o pão que nos foi dado

no altar eu que venero.

No peito guardo o esmero

E no vazio do seu cheiro

Olho pra cima e vejo

As noites que não vivemos.

Mas me pergunto: até quando?

Os desencontros serão pra sempre

Teus olhos serão castanhos

E o amor será eterno.

E quem disse que não vivemos?

Que nós não fomos pra sempre

Que o amor não foi com o vento

Nem as fotografias do teu quarto.

E até quando eu me pergunto

Se meu desejo é tão pleno

E teus olhos cheios de nuances

Se seremos corpos ébrios.

Arthur Felix, 3 de abril de 2019.

Olho o teu retrato e vejo meu reflexo.

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Arthur Felix
Enviado por Arthur Felix em 07/07/2019
Reeditado em 23/12/2019
Código do texto: T6690655
Classificação de conteúdo: seguro
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