OLHOS FECHADOS
Um filete de luz rasgou meus olhos, em uma vã tentativa de enxergar ao redor.
Meu dia é minha noite.
Olhos fechados, escudo inútil.
Meu sono é meu refúgio da alma, mas não nunca será impune; meu corpo é sua prisão.
A viagem desconhecida, ou esquecida. O Eu inconsciente, em cada sensação uma luta imaginária e sem chão.
Sou ao mesmo tempo adversário e expectador.
A torcida e o observador.
A luta do ego com o invólucro carnal
E a centelha divina? É real?
A minha mente ludibriou minha essência.
Sou uma e outra.
Sou Luz e sombra.
O TODO e o NADA.
E ainda assim....
De olhos fechados não sei quem SOU.
Drica Barreto