Reinventar-se
Nossos olhares se cruzaram naquela noite uma última vez, era a despedida.
Doída, mas necessária, que se fez presente em nós.
Não dava pé não, te vi ir sem contestar.
Naquela noite onde todas as boas vividas deram vez as palavras dolorosas que sairam da minha boca, quando eu só não queria deixar tu ir embora.
Dói mais em mim por carregar toda a culpa de um fim caótico, real.
Mas te encontrar na rua há uns dias atrás acompanhado me deixou aliviada, sabe.
Mesmo não sendo a minha mão entrelaçada na tua, te ver feliz me deixa feliz.
É a redenção de um fardo carregado há tempos.
É a comprovação de que a gente tá sempre se reinventando,
amando pessoas, sem restrição, mesmo havendo a hipótese de ter que juntar os caquinhos pra recomeçar.