CARTAS AO MEU AMOR
A noite abraça-me lentamente e a lua é testemunho de minha profunda desilusão. O frio me assola e penetra nos confins de minhas pupilas e as dilata repentinamente e sua lembrança a condena a inúmeras repetições desaconselhadas e um tanto quanto desprezível. O sentimento que mais estimei alcançar me tomou e eu o enfrentei sem artimanhas, ele, porém me desarmou sem acanho ou vergonhas. As noites prolongadas, as melodias mais sutis são donas de mim enquanto tu senhor do meu ser não procuras o que bem te ofereço. Nessas horas que não lhe toco nem me desnorteio sem princípios… Se pudesse projetar velhos sentidos transformá-los-ia em atos, tatos físicos, máximos e mínimos do teu lado. Mas não...
E a noite é longa.