Hoje eu só existo
Aqui estou eu mais uma vez, sei que já se tornou um habito estar aqui para escrever-lhe, mesmo sabendo que não sera lida como nenhuma foi. Estou sozinha em casa, trancada em nosso quarto. Sou prisioneira dos meus próprios pensamentos atormentados. Escrever é o que me resta, pois é o único alivio que encontro. Chorar não resolve, me cortar? para vai, quem nunca neh. Eu mesma já perdi as contas das vezes que alto me mutilei, me machuquei para esquecer a dor psicológica e passar a sentir a dor física. Um ato de desespero para substituir uma dor por outra. Loucura eu sei, mas... é mais fácil lidar com dores físicas, você sabe onde doí, e você pode chegar ate ela, mas a dor psicológica não. Ela você sabe onde dói, mas é uma dor inalcançável. Para muitos uma dor platônica, para mim Uma dor sem fim.
Tento esquecer aquele dia, tento esquecer os momentos ruins, mas tudo me faz lembrar. O local, A cidade, as pessoas, tudo igual, menos nós. Algo em nós se perdeu e com isso eu me perdi. Ja não sou quem eu era a tempos, eu mesma me desconheço. Eu estou irreconhecível. Desde as atitudes, a aparência. Você deu inicio ao fim da minha vida e eu abracei essa oportunidade de sair daquele mundinho perfeito que eu havia criado. Ao me deparar com a realidade não fui capaz de aceitar, e me afundei, e continuo me afundando cada dia mais. E onde é o fim do poço eu desconheço. Sei que se eu continuar caindo assim, será uma ida sem volta, ahn... E quem disse que eu quero voltar? Voltar para onde? para as mentiras? as falsidades? eu não reconheceria um amigo meu nem se estivesse diante dos meus olhos. Estou sozinha. Completamente sozinha. Desenganada e desamparada no escuro do quarto. No breu dessa miserável casa onde um dia chamei de lar. Hoje só lamento por um dia ter posto meus pés aqui. e o pior de tudo... Não tenho como sair. Estou presa e ninguém sabe. Porque a muito tempo não sei de ninguém. E assim vou existindo com o pouco que me sobrou, pois viver eu não vivo a muito tempo. Hoje eu só existo.