Carta aos irmãos

Carta aos irmãos

Amados irmãos,

O amor é o mesmo desde o início.

O Senhor Jesus Cristo nos procurou e nos achou. E isso com cada um que nEle crê, independentemente dos lugares ou grupos que se reunam em Seu nOme. Pois todos pertencemos à família de Deus e somos filhos de Deus.

Fui efetivamente achado nos finais dos anos de 1.980. Foi usado o nosso amado irmão e professor que hoje está recolhido nO Senhor. Mui docemente, como é próprio dO Senhor, o irmão me apresentou a visão da igreja. Num evento literário da editora, num espaço cedido pela prefeitura do nosso município; lá compareci a convite do nosso amado irmão. Ele me indicou duas literaturas: uma que fala sobre a administração de Deus e a outra que fala da história da igreja, literatura esta que usa as cartas das sete igrejas da Ásia; como sabemos Éfeso, Pérgamo, Esmirna, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodiceia; cada igreja com significado etimológico próprio da situação de cada uma e que permanece até nos dias de hoje relativamente a nossa condição. Digo aos irmãos, essas literaturas, divinamente inspiradas pelO Espírito da Realidade, foram e são o meu norte. Foram cruciais e são para que eu prossiga a carreira, mesmo não estando me reunindo. Muitos dentre vós ou não poderão me criticar por essa postura, mas lhes digo que quando absorvemos a essencialidade contida em escritos divinamente inspirados, Deus consegue trabalhar. Não estou refutando quaisquer outras literaturas da linha divina, inclusive há outras de diversos autores que estão na linha da vontade dO Senhor, ou seja, estão de acordo com a dispensação mencionada pelo apóstolo (enviado) Paulo. Leio também tais literaturas, bem como diversos vídeos no mundo da internet, mas o meu norte permanece. A visão que o amado irmão me apresentou não se desfocou.

Meus irmãos. O meu objetivo com esta carta é apresentar a vocês minha impressão quando, depois de uns dois anos sem me reunir, compareci a uma reunião de sábado. Fiquei tocado com a receptividade de alguns irmãos e vi em seus olhos a alegria em me rever. Percebi também que havia alguns novos e inclusive também faziam parte do diaconato. Enfim... ao término da mensagem e de alguns respectivos compartilhares, um tom ritualístico ocorreu quando ao iniciar das orações finais. Participei da reunião de domingo, o partir do pão. Depois que houve a distribuição do pão e do vinho, confesso aos irmãos que fiquei estarrecido com algo que aconteceu; uma caixa com uma fresta nela imitando o gazofilácio foi colocada sobre a mesa que antes estavam os símbolos sagrados. E como eu temia, era uma caixa de arrecadação de contribuição financeira, como um irmão disse: para ajudar na obra. Perdoem-me pelo estarrecido, mas foi assim que me senti pois tais ações, tanto no sábado quanto no domingo, bem como a condução das reuniões, contrariam tudo aquilo que havíamos aprendido, inclusive de um dos estudos que tivemos, o de Gálatas, não o último, mas o primeiro. Sinto em dizer, mas no domingo ficou caracterizado uma atitude de profanação, tirou o foco espiritual. Lembrem-se o que aconteceu depois da oferta da viúva pobre; O Senhor saiu do Templo e disse aos Seus discípulos que ali não ficaria pedra sobre pedra, ou seja, tudo associado àquelas práticas cairiam por terra. O gazofilácio ou qualquer outra contribuição deve ser feita de forma oculta, pois o contrário fere o que O Senhor nos disse que o que faz a tua mão direita não o saiba a esquerda. Irmãos, precisamos sim de liderança, mas esta deve estar em sintonia com O Espírito. Não podemos perder a essencialidade dO Espírito no nosso espírito. Não devemos temer o futuro quanto à igreja. Já está tudo sob o controle dO Senhor. Não se preocupem, O Senhor sempre cuidou dos seus filhos. Rituais não são consonantes com O Espírito... são obras humanas cujo objetivo é glorificar o homem.

Aprendemos que em cada cidade que Paulo passava, o perseguia uma turma de judaizantes, judeus que creram nO Senhor mas persistiam em manter as tradições judaicas e introduziam nas cidades práticas religiosas. E Paulo é enfático aos Gálatas em dizer que eles pregavam outro evangelho. Paulo também nos diz que falsos irmãos haviam-se infiltrado entre eles. Irmãos... o que aconteceu? Por que não consegui perceber a simplicidade devida a Cristo, como fala Paulo, não estar presente no local de reunião? Por que a igreja não estava se expressando?

Irmãos, o reto juiz é O Senhor.

Vemos que Satanás foi expulso dos céus justamente por sua ambição em ser igual a Deus, e porque não, ser mais que Deus. O orgulho é um prejuízo terrível à vida espiritual dos filhos de Deus. Lembremos também que Satanás é a antiga serpente, muito sutil. Não podemos nos deixar enganar.

Eu tinha falado para três irmãos colunas que não sabia porque parei de me reunir. Mas intimamente havia coerência naquilo que eu estava fazendo. Depois de algum tempo, O Senhor me revelou. Revelou-me os corações. Agora eu sei qual é a minha posição no contexto da igreja. Sei também que dentro da visão a mim revelada pelo amado irmão, estou numa posição que não deveria estar. Mas tudo pelo que estou passando será com toda certeza para no futuro contribuir para a edificação da igreja. Espero que O Senhor me guarde e me sustente até lá. Eu tenho uma dívida para com a igreja, porém, tenho que enfrentar barreiras, tanto material quanto psicológica. Mas o Senhor conhece muito bem o meu coração, bem como o dos irmãos.

Fiquem no Senhor irmãos. Tenho plena certeza que vocês amam o Senhor e admiro a dedicação de vocês com relação à igreja.

O Senhor é O nosso Amado, é O nosso Salvador, é O nosso Consolador, é O Espírito que dá vida e habita no nosso espírito.

Lembrem-se que invocar o doce nOme do Senhor Jesus Cristo é crucial para nos manter saudáveis diante dEle e também permanecer o nosso espírito sensível aO Senhor Espírito.

Irmãos... amo a todos.

Ó Senhor Jesus! Amém!

Hélio Oliveira
Enviado por Hélio Oliveira em 18/02/2019
Código do texto: T6577726
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