DE TUDO, PARA NADA

Amor infinito, foi assim por quase toda vida.

Eu lembro como foi o começo, você encantou meu viver.

Meus dias foram sonhos jamais sonhados.

As palavras doces aos pés do ouvido foram inesquecíveis.

Os projetos foram muitos, alguns até se concretizaram e outros se perderam.

Aos poucos percebi que o meu oceano não estava mais aos meus pés e percebi que as margens estavam maiores que antes.

Foi que pude perceber que a âncora já havia subido e o barco desatracado do meu porto.

Infelizmente não havia sentinela para avisar das mudanças climáticas, o farol havia sido desativado, pois a intensão era viver intensamente apenas nós dois na ilha.

A entrega foi intensa, amor grande demais, a felicidade incontestada.

Por amar demais fechei os olhos para a vida, quis viver no meu mundinho sem se importar com as influências externas, fui inocente por achar que não abalaria as ruinas do meu castelo.

Fiquei sem chão, o céu não era o limite da minha depressão, as palavras confortadoras se perdia no vento e fiquei só.

Não tinha esperança porque quem abandona um amor não merecia perdão.

Como meu castelo desabou, fiquei a deriva ao redor da ilha.

Busquei forças, conseguir chegas as margens, e construir um barco e deixei aquele lugar que foi sonho.

Voltei a civilização e pude socializar, reintegrar nos grupos e conhecer pessoas novas.

Percebi alguns erros cometidos e fiz os reajustes necessários.

A cicatriz foi grande, pensei que iria ficar marcas pra sempre.

Hoje já não vivo tão intensamente um amor.

Vivi uma ilusão, mas eu ainda acredito no amor verdadeiro.

Baterista Poeta
Enviado por Baterista Poeta em 06/02/2019
Código do texto: T6568287
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