Feliz 2019. Novas expectativas, grandes dúvidas, conservadorismo nos costumes e liberalidades nas práticas.
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Para Machado & Joaquim,
Agora que 2018 se foi e 2019 de fato e de direito nasceu, o Brasil, sempre alerta prepara-se para mais uma vez bancar um novo presidente, talvez, dirão os menos avisados: - uma grande mudança! isto porque, parafraseando o ex-presidente Fernando Collor, o Brasil será passado a limpo.
"De sorte que o atual presidente eleito, não lançou mão desse infeliz jargão de campanha, utilizado pelo outro, agora ex-presidente. "
- Estamos diante da dúvida, embora no mundo real seja assim sempre.
Imaginamos, nos nossos sonhos mais otimistas, que tudo virá certinho e com manual de montagem, ledo engano, esse nosso, haja vista que no Brasil nada nunca é como manda o figurino, há sempre um “se” ou um “talvez”. A máxima de Aristóteles adaptada por Santo Agostinho, nos lembra sempre de forma prudente que a virtude está no meio e nunca nas extremidades, por este prisma é preciso que sejamos contidos nos gestos, cautelosos com as palavras e sempre comedidos, sobretudo com os gestos que possam tornassem escandalosos, tudo isso caso algo esteja aplicado de forma errônea.
- Não é medo, é temperança!
Não creio, particularmente, que o atual presidente tenha intenções reais em golpear a democracia, isto em princípio seria impensável, afinal, o que se precisa é de aperfeiçoamento democrático. Isto não quer dizer que não haverá horas em que essa vontade não sobrevenha de assalto às mentes mais próximas de sua excelência, mas, ele tem a chave e, poderá decidir qual porta deverá abrir.
Para nós, pobres mortais, resta o desejo de esperança e, que tudo se alinhe com o que houver de mais positivo.
O Brasil tem esquecido sistematicamente de olhar pra dentro de si e, o noticiário publico apenas nos dar conta que precisamos melhorar em educação, segurança e economia. É preciso antes de tudo traçar projetos sérios, mas, olhar para a nação e compreender que somos iguais, embora altamente miscigenados, somos um povo de muitas semelhanças e o que nos une deveria ser bem maior que o que nos separa.
Fundamentalmente o Brasil deveria ser uma grande nação, pois tem capacidade produtiva, mas para que isso aconteça é preciso que tenhamos coragem para mudar e enfrentar o nosso complexo de terceiro mundo, ou de país emergente.
Não exportamos máquinas, ou tecnologias, somos exportadores de grãos, mercadorias primarias, que se por um lado, nos dão certa alegria na positividade da balança comercial, e servem aos produtores de grãos à alcunha de salvadores da pátria , e de fato o são, por outro lado nos deixa uma sensação de imagem vista pelo retrovisor, quando comparamos a nossa economia a dos demais integrantes do BRICS, por exemplo.
O mundo está interessado em tecnologias cada vez mais agressivas e inovadoras, afinal estamos mergulhados na quarta revolução industrial e com os pés na quinta, de onde, dizem os cientistas, serão interligadas todas as maravilhas planeta afora. É preciso está atento. É preciso ser parte.
O Presidente eleito tem um grande compromisso; realinhar o país em seu eixo central, e concatenar as aspirações da maioria, recuperar a indústria nacional que atualmente representa apenas 11,8% do PIB, número este que já foi de foi 38 % e chegou a 25% nas décadas de 1975 a 1992, respectivamente.
Particularmente quando o vejo falando, me convenço que ele não queria ser presidente, era na verdade um homem revoltado, e com toda razão, com o status quo, mantido no país nos últimos anos, mas, não é só o desejo de correção que pode salvar o Brasil, há bem mais do que supõe nossa vã filosofia, aprendida nos malfadados livros que tivemos acesso.
O presidente se mostra conservador nos costumes, mas liberal nas políticas, isso parece impossível, mas em todo caso, segundo os especialistas, a sua eleição também era impossível, contrariando até os infalíveis aferidores eleitorais. Todas, absolutamente todas as previsões do primeiro turno falharam drasticamente, pois se quer previram o que aconteceria aos políticos mais experimentados, e a partir disso restou o imponderável. A realidade.
Precisamos com urgência de um Estado menos pesado, e que não se faça retaliação sobre os menos favorecidos, afinal não é só o povo que precisa servir ao Estado, o País tem obrigação moral de garantir bem estar social e, isso não quer dizer, de forma nenhuma, ficar a distribuir pensões e trocados à guisa de mesadas providenciais.
O déficit brasileiro que no ano passado chegou a marca dos abomináveis 148 bilhões, saltando na gestão Lula de 15% para 30% do PIB, demonstra claramente que o caminho está errado, o gasto publico tem que ser encarado como coisa séria e não massa de manobra deste ou daquele presidente.
É preciso que nos perguntemos qual o benefício para o país traz determinado gasto?
Há ainda, sob este quadrante, algo que nos intriga bastante, que é a diminuição dos juros, garantida durante campanha pelo atual presidente.
- Como será possível fazer isto, já que os bancos fortalecem seus lucros a partir dessas receitas?
Lembro, em tempo, que os cinco maiores bancos do Brasil, detêm 21,84% da dívida pública brasileira, sendo preferenciais credores, aos quais interessa, e muito, o resultado de juros cada vez maiores sobre a divida publica brasileira, a qual não é paga em principal desde 1991.
Creio que o atual presidente foi traído pela memoria quando afirmou sem checar que seria possível tal proeza, inclusive, este pode ser o nosso grande problema sempre, afirmar e não checar, pode até agradar, mas, custará caro, sempre muito caro.
Para de fato baixar os juros o governo precisaria, explicando de forma simplificada, primeiro; zerar a divida publica ou pelo menos recompra-la dilatando o seu prazo de pagamento e, segundo; favorecer a criação de cooperativas de créditos e outros bancos para pulverizar o mercado e, atrair mais oferta de crédito a juros bem mais atrativos, não sendo assim iremos depender de soluções fantásticas que talvez nos regale um futuro insondado e, e por conseguinte insólito.
O fato é que os seis primeiros meses de namoro com o povo se acabará e, é preciso uma serie de medidas assertivas, que demandarão muito esforço e tempo, além da perspicácia, é claro.
Para que o Brasil logre êxito em sua nova empreitada é preciso que se mude a forma do brasileiro pensar haja vista que não somos simpáticos aos governos, mas adoramos o estado e o que ele nos pode oferecer.
É preciso criar a porta de saída dos subsídios e fazer com que os benefícios fiscais tenham seus dias contados, é preciso acabar com o protecionismo das industrias mal-acostumadas as benesses dos governos. O Brasil precisa retomar e depressa o processo de reindustrialização promovendo um novo modelo desenvolvimentista
É preciso ser otimista. Sejamos. É preciso torcer para um bom mandato do presidente, deixar as ideologias e investir nossa energia no que de melhor temos, o Brasil.
Feliz 2019.
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Para Machado & Joaquim,
Agora que 2018 se foi e 2019 de fato e de direito nasceu, o Brasil, sempre alerta prepara-se para mais uma vez bancar um novo presidente, talvez, dirão os menos avisados: - uma grande mudança! isto porque, parafraseando o ex-presidente Fernando Collor, o Brasil será passado a limpo.
"De sorte que o atual presidente eleito, não lançou mão desse infeliz jargão de campanha, utilizado pelo outro, agora ex-presidente. "
- Estamos diante da dúvida, embora no mundo real seja assim sempre.
Imaginamos, nos nossos sonhos mais otimistas, que tudo virá certinho e com manual de montagem, ledo engano, esse nosso, haja vista que no Brasil nada nunca é como manda o figurino, há sempre um “se” ou um “talvez”. A máxima de Aristóteles adaptada por Santo Agostinho, nos lembra sempre de forma prudente que a virtude está no meio e nunca nas extremidades, por este prisma é preciso que sejamos contidos nos gestos, cautelosos com as palavras e sempre comedidos, sobretudo com os gestos que possam tornassem escandalosos, tudo isso caso algo esteja aplicado de forma errônea.
- Não é medo, é temperança!
Não creio, particularmente, que o atual presidente tenha intenções reais em golpear a democracia, isto em princípio seria impensável, afinal, o que se precisa é de aperfeiçoamento democrático. Isto não quer dizer que não haverá horas em que essa vontade não sobrevenha de assalto às mentes mais próximas de sua excelência, mas, ele tem a chave e, poderá decidir qual porta deverá abrir.
Para nós, pobres mortais, resta o desejo de esperança e, que tudo se alinhe com o que houver de mais positivo.
O Brasil tem esquecido sistematicamente de olhar pra dentro de si e, o noticiário publico apenas nos dar conta que precisamos melhorar em educação, segurança e economia. É preciso antes de tudo traçar projetos sérios, mas, olhar para a nação e compreender que somos iguais, embora altamente miscigenados, somos um povo de muitas semelhanças e o que nos une deveria ser bem maior que o que nos separa.
Fundamentalmente o Brasil deveria ser uma grande nação, pois tem capacidade produtiva, mas para que isso aconteça é preciso que tenhamos coragem para mudar e enfrentar o nosso complexo de terceiro mundo, ou de país emergente.
Não exportamos máquinas, ou tecnologias, somos exportadores de grãos, mercadorias primarias, que se por um lado, nos dão certa alegria na positividade da balança comercial, e servem aos produtores de grãos à alcunha de salvadores da pátria , e de fato o são, por outro lado nos deixa uma sensação de imagem vista pelo retrovisor, quando comparamos a nossa economia a dos demais integrantes do BRICS, por exemplo.
O mundo está interessado em tecnologias cada vez mais agressivas e inovadoras, afinal estamos mergulhados na quarta revolução industrial e com os pés na quinta, de onde, dizem os cientistas, serão interligadas todas as maravilhas planeta afora. É preciso está atento. É preciso ser parte.
O Presidente eleito tem um grande compromisso; realinhar o país em seu eixo central, e concatenar as aspirações da maioria, recuperar a indústria nacional que atualmente representa apenas 11,8% do PIB, número este que já foi de foi 38 % e chegou a 25% nas décadas de 1975 a 1992, respectivamente.
Particularmente quando o vejo falando, me convenço que ele não queria ser presidente, era na verdade um homem revoltado, e com toda razão, com o status quo, mantido no país nos últimos anos, mas, não é só o desejo de correção que pode salvar o Brasil, há bem mais do que supõe nossa vã filosofia, aprendida nos malfadados livros que tivemos acesso.
O presidente se mostra conservador nos costumes, mas liberal nas políticas, isso parece impossível, mas em todo caso, segundo os especialistas, a sua eleição também era impossível, contrariando até os infalíveis aferidores eleitorais. Todas, absolutamente todas as previsões do primeiro turno falharam drasticamente, pois se quer previram o que aconteceria aos políticos mais experimentados, e a partir disso restou o imponderável. A realidade.
Precisamos com urgência de um Estado menos pesado, e que não se faça retaliação sobre os menos favorecidos, afinal não é só o povo que precisa servir ao Estado, o País tem obrigação moral de garantir bem estar social e, isso não quer dizer, de forma nenhuma, ficar a distribuir pensões e trocados à guisa de mesadas providenciais.
O déficit brasileiro que no ano passado chegou a marca dos abomináveis 148 bilhões, saltando na gestão Lula de 15% para 30% do PIB, demonstra claramente que o caminho está errado, o gasto publico tem que ser encarado como coisa séria e não massa de manobra deste ou daquele presidente.
É preciso que nos perguntemos qual o benefício para o país traz determinado gasto?
Há ainda, sob este quadrante, algo que nos intriga bastante, que é a diminuição dos juros, garantida durante campanha pelo atual presidente.
- Como será possível fazer isto, já que os bancos fortalecem seus lucros a partir dessas receitas?
Lembro, em tempo, que os cinco maiores bancos do Brasil, detêm 21,84% da dívida pública brasileira, sendo preferenciais credores, aos quais interessa, e muito, o resultado de juros cada vez maiores sobre a divida publica brasileira, a qual não é paga em principal desde 1991.
Creio que o atual presidente foi traído pela memoria quando afirmou sem checar que seria possível tal proeza, inclusive, este pode ser o nosso grande problema sempre, afirmar e não checar, pode até agradar, mas, custará caro, sempre muito caro.
Para de fato baixar os juros o governo precisaria, explicando de forma simplificada, primeiro; zerar a divida publica ou pelo menos recompra-la dilatando o seu prazo de pagamento e, segundo; favorecer a criação de cooperativas de créditos e outros bancos para pulverizar o mercado e, atrair mais oferta de crédito a juros bem mais atrativos, não sendo assim iremos depender de soluções fantásticas que talvez nos regale um futuro insondado e, e por conseguinte insólito.
O fato é que os seis primeiros meses de namoro com o povo se acabará e, é preciso uma serie de medidas assertivas, que demandarão muito esforço e tempo, além da perspicácia, é claro.
Para que o Brasil logre êxito em sua nova empreitada é preciso que se mude a forma do brasileiro pensar haja vista que não somos simpáticos aos governos, mas adoramos o estado e o que ele nos pode oferecer.
É preciso criar a porta de saída dos subsídios e fazer com que os benefícios fiscais tenham seus dias contados, é preciso acabar com o protecionismo das industrias mal-acostumadas as benesses dos governos. O Brasil precisa retomar e depressa o processo de reindustrialização promovendo um novo modelo desenvolvimentista
É preciso ser otimista. Sejamos. É preciso torcer para um bom mandato do presidente, deixar as ideologias e investir nossa energia no que de melhor temos, o Brasil.
Feliz 2019.