Desencontros de amizades. O reencontro parte 2
Como eu gostaria de decidir agora, nesse momento, mas não dá. São tantas variáveis que devo ter atenção, têm meus filhos, minha vida emocional pode estar abalada, minha vida de pai de família tende a caminhar, e espero que em rumos corretos pelo bem dos meus pequeninos. E o que sinto por minha esposa, isso eu ainda não sei, me vi em desespero sem saber o que fazer se ainda existia algo ou não. Hoje não mudou muito, mas, se eu ainda não desisti é por que algo ainda está aqui em meu peito. Porem ver você novamente seria um marco muito grande, que poderia me esclarecer algumas coias, e é neste pensamento que meus sonhos me rodeiam ao deitar, como seria isso? Como agir?
Lembro que em uma de nossas conversar por carta, comentávamos… E se tivéssemos outra chance? O que seria de nós?
Eu me pergunto até hoje. O que seria de nós?
Apesar de tentarmos curar feridas do passado, nós dois temos uma guerra pela frente, batalhas pelas quais iremos enfrentar, separados fisicamente, mas em pensamentos e sentimentos unidos como nunca, iremos ganhar algumas e perder outras, porém, poderemos contar um com o outro para superar obstáculos ruins e compartilhar os momentos de felicidades. Reconheço que a distância não e o melhor para o meu coração, gostaria muito que de perto, bem de perto, ficasse coladinho em você e te ajudasse em tudo, mas nem tudo que queremos e tão fácil.
[…]
Veja como foi para mim quando me disse que viria… —Eu surtei?
Ainda bem que não marcou uma data, mas o que viria a seguir foi mais devastador do que nunca.
Em uma noite cotidiana, entre (afazeres) domésticos, (sim caro leitor, eu como pai de família, estava cuidando de minhas crianças e da casa) recebo um e-mail, o qual não abri momentaneamente, pois, não tinha dado conta das enroladas tarefas que uma casa tende a oferecer. Eu o abri por volta das 22:30 Hs já quase na hora de buscar a esposa no ponto de ônibus. E para minha surpresa, quem era? A pessoa em si não era surpresa, eu já estava acostumado com seus e-mails, ainda mais, me faziam falta caso não escrevêssemos um para o outro, o problema era o conteúdo desse e-mail. E ele dizia:
“Adivinha onde estou?” — E em anexo uma foto.
Um lugar conhecido, nunca estivemos lá juntos, mas agora, ela estava lá, ou aqui… quero dizer. — Eu estou vendo o que vejo? Foi o que me perguntei naquele momento.
— Ela está aqui em J…! Na minha cidade, não pode ser! Entrei em um monologo eterno.
Mas quando me tomei, recobrando a minha lucidez e centrei meus pensamentos, pensei, vou conferir com meus próprios olhos. Preciso vê-la, quanto antes. Mas não deu tempo já era tarde para sair, e com o bebê não seria fácil sair rápido. Tinha a questão da esposa que chegaria a qualquer momento.
Fui dormir me questionando se deveria ou não ter ido, e entre alguns flashes de nós, olhando no olho um do outro, tentando conversar, mas sem palavras para explicar o que seria esse encontro. Queria ter sonhado com você aquele dia, mas acho que fiquei tão eufórico com sua chegada que não consegui.
Nos dias seguintes eu rapidamente tentei encontrar você por e-mail, mensagens de texto e outros, a fim nos falarmos, quem sabe nos encontrarmos. Marcar um encontro para relembrar o passado, cara a cara, darmos as mãos e caminhar, enquanto nós, cada um com seus pensamentos, tentar dizer a primeira palavra e não conseguir por causa da alegria de estar um do lado do outro novamente. Mas fiquei só na vontade mais uma vez.
Continua…