Virginal
Muito me pesa, falar-te confidências que venham ferir teu demasiado pudor.
A candura e clemência no teu olhar, ora ameniza meu lado profano e libertino, ora atiça-o.
O temor de ir mais a fundo no ósculo, torna minha efervescência quase que dolorida.
O clímax, quando me encontro com você num ritual sagrado, fazem de mim um desvairado, um louco.
Tentarei freneticamente, conter os gritos de desejo que saem do meu âmago e pairam no ar.
Tentarei conter o calor no meu ventre, quando a vejo ruborizada.
Precisarei com esforço, reter a ardente vontade da minha alma, de me derramar no teu corpo esguio, quente e nu.