Diga-me!!

Diga-me, Amada da minh’alma!

Por ventura já idealizaste o amor, o sentir, o querer?

É claro que não! Tu és o próprio chão rochoso; sólido, firme, inabalável… E eu, um poeta sonhador, o idealizador de um querer infinito. Perdido em teu olhar castanho escuro, nesse teu sorriso majestoso. Ouvi tantas vezes elogios quanto aos escritos que eu deixara por aí mundo a fora, eu escrevia alguns parágrafos e logo me ia embora.

Cá estou, fascinado ante tua avassaladora literatura de vida, encantado por vislumbrar que aquela alma feminina que eu tanto idealizara, EXISTE! Com tamanho louvor e consistência, com mirabolante beleza e resiliência. Eu, dito poeta por muitos, estou aqui apaixonado e incapaz de descrevê-la em meus versos. Tu és algo divino, lá entre Carlos Drummond e Machado de Assis. A literatura instigante que dia após dia realiza-me e faz-me feliz. És como o “Sonho de uma Noite de verão”, descrito por William Shakespeare… Não sei se és eterna, mas a eternidade é minha ambição ao teu lado. Torno-me repetitivo quem sabe, não encontro em meu ser palavras ricas que te denotem. Eu sei o que eu sinto, na intensidade em que sinto, e transpor esse sentir para uma folha de papel, é pisar no desconhecido.

Logo eu, dito por muitos poeta… Agora aqui, perdido, um tanto analfabeto nesse meu expressar. A alma cita, mas este corpo tão imortal, é incapaz de escrever o que sente o meu ser. Aliás, por falar no meu “ser”, o que eu mais quero é ser o teu SER. Desaguar meu querer, nas tuas fontes do viver. Correr livre nestes rios do teu SENTIR. Ser o teu ficar, limitar o teu partir.

Habitar em teu olhar, repousar o meu admirar nessa magia do teu sorrir…

Deitar-me-ei em teu colo nessas tardes de domingo, apreciarei fascinado o vento enciumado bagunçando o teu cabelo. E na orla dos nossos planos, admirar as ondas de possibilidades batendo neste quebra mar…

Me agarrarei na firmeza das tuas decisões,

E te provarei que toda razão sensata, ouve as emoções.

Abandonarei minhas impetuosas tempestades, e abraçarei com ímpeto está primavera que trouxeste à mim. Eu te amarei para um SEMPRE, bem diferente deste sempre, que sempre acaba para o mundo.

Em minhas expressões tão desestruturadas, espero estruturar um dizer tão sólido quanto tua essência de anjo. Trazer a tona, um sentimento que já não cabe em mim, vestir sua pele neste meu sentir, refrigerar sua alma nesse meu AMAR, te embriagar de amor, e ser para ti, um livro que jamais imaginaste existir.

E escrever nossa história de amor, para que o mundo saiba, que amor como o nosso amor, jamais outro ser mortal poderá sentir.

Hámilson Karf
Enviado por Hámilson Karf em 01/12/2018
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