Somos a Dupla de Um Só

Atualmente não necessito e não julgo correto falar dela em forma de poesia, somente dessa vez gostaria de contextualizar o quanto a grandiosidade dessa vaga personalíssima da detentora do meu amor é tão valiosa quanto a sua mediocridade para tentar amaldiçoar ou destruir tal união.

Então o nunca se tornou um tudo, não é mesmo?

Eu percebo cada desenhar dos seus olhos pairando sobre meu ser, consigo ver que se torna um esboço da nossa pintura, nossa atração artística de forma poética, sucinta e eticamente atraente.

Hoje venho dizer tanto para entrar na prosa, quanto para sair dela, o cotidiano me tornou poeta e poeta não somente é aquele que constitui rimas, mas frases concisas com sentimentos concretos, independente de lugar, modo, forma, temporal, tempo, eu sempre vou achar um novo meio de demonstrar isso, juridicamente, artisticamente, poeticamente ou humanamente eu, para você.

O sorriso encantador, os olhos que se apertam quando se concretiza a felicidade, tão intenso e só pra mim, ser egoísta é consequência.

Consequência de uma amizade virar um relacionamento, conhecer-te cada mínimo detalhe, afundar-me como um mergulho no mar em tempestade, salgadamente tropical.

Desconstruo qualquer tipo de senso comum criado anteriormente, sendo o primeiro, coração ou de momento?

Coração. Unicamente sentido, mudou-o e transformou em casa. Se tornou o necessário para que ele se bombeie, de teimosia ou de alegria, mas que é por ti.

Saudades é um sentimento que começa no bom dia, saudade cheia, ciumentamente altruísta, por querer o bem do meu mundo, sendo meu mundo, tu. É ter somente pra mim.

Medos? Conspirações? Devaneios? Mas sim epifania. É não ter medo de perder por saber que é somente meu, a conspiração da minha mente não para me derrubar, mas que finalmente me levantou para conseguir o que eu falei pela primeira vez que quero. Como pode ser produto de fantasia se cada toque é real, cada sentimento espiritual e carnalmente intenso, sentir, me, se, nos sentir até o ponto de tornar-se um só, corpo e alma, diferenças atraentes para que tornem-se iguais. É realmente epifania. Manifestação da compreensão da essência de amar, descobrir o que é amor, mudar, mutação em que se procura o benefício do seu arredor, para respirar amor, engasga, mas no final se engole na alma.

É a tempestade tropical que toca a margem praieira, torna-se chuva salgada, mas toca a areia e a afoga, não se seca. O melhor é o molhado, chuva, respingos, lágrimas e suor, nada que fora dito foi num sentido negativo, pois negatividade não existiu. Tudo que eu vejo é o consentimento do passado, o presente do presente e o abraçar do futuro, é querer criar, do igual um novo igualmente novo, algo sem nome, mas que configura anseio por família.

Não há castigo pior que dormir sem tua presença, só de odor, o cheiro do perfume que eu sinto o gosto com a língua, é me sufocar com o travesseiro configura injusta provocação da vítima ou comportamento da vítima? Pois a vítima é o próprio réu, que se fez de vítima por ser vítima de amar demais.

Despedidas realmente não são meu forte por não ser um adeus.

O monstro que entristece a criança é aquele que mudou para se tornar o filho da coragem.

Sobre quem eu sou hoje, esposo? Cedo ou novamente altruísmo? Pensar na minha pessoa do seu lado configura me querer do seu lado, melhor forma de amar.

Filho do Ódio e agora o Pai Amoroso, perdoando-se aos poucos, pois lento se consegue o máximo enxugar detalhes.

Despedir-se do próximo não dói igual perder-se no adeus, torna-se dizer adeus ao adeus, falar ao passado que já vai tarde e nunca se arrepender, pois acho o certo hoje.

Tudo que a vida lhe proporciona não é por acaso, realmente não é. Destino. Faz-se tuas palavras as minhas, quando digo que o melhor bom dia é o eu te amo, casual e verdadeiro, impotente por não representar o tamanho da amizade amorosa, não existe Ágape, Eros e Philos pra falar o quanto se torna denso, mais denso que procurar a fonte de luz de uma estrela na galáxia mais próxima da Via Láctea.

Permita-se ser você mesmo e será amado, amado a ponto de achar o amor mais perto que um toque de narizes, olho no olho, boca seca e molhada pela outra, buscar quem é para achar Deus, achar Deus para encontrar o amor, descobrir o Amor de Deus por quem se busca para o próximo, personalíssimo e autentico fala-se desse sentimento.

Em Memórias de Jhon dos Cordas de Ouro digo-lhe que seu descanso é merecido, até por quem seria fantasmas do passado, pois a corrente se parte e a cortina se abre, o próximo ato, ato de tomar pra mim aquilo que é meu por direito, felicidade.

Quem é o vilão? Eu, por arquitetar o triunfo de mim mesmo contra si, vencer-me é a melhor forma de se tornar heroicamente o vilão, pois quem me derrota como vilão é o herói de mim mesmo, me salvei de me perder, me perdi nela para salvar-me.

Hoje criei um conceito de Carta de Amor, não somente de despedidas ou de pesares, mas de poder demonstrar em texto que existe dona para tal descobrimento, aquela que me descobriu e iluminou-me na sombra da minha grandiosidade sobre mim mesmo, vergonha de ser tocado pelo próprio sol e sentir seu calor no meu, borboletas incontroláveis em corpos de atrito, fisicamente não elétricos porém atrativos um no outro.

Digo-lhe que é amor pois nada seria possível sem teu toque sensitivo, a sua intensidade em choque com a minha, a tomada e o aparelho, 220v de conexão, energia do dia, encha-se ou se esgote, é como querer caber a água do mundo num copo d’gua, o problema não é procurar um recipiente maior, mas deixar que o nosso mundo banhe-se, renovando, criando, construindo e saciando a sede de querer sempre mais.

Confia-me suficiente para tornar-se seu pra sempre, me toma e me faz tomar do seu suco, apalpa a polpa e nasce o fruto, que se chupa até o caroço, parece roer um osso, a semente de uma árvore que sombreia o chão gramado, tudo caminhando com meu plano calculado, somente para que a última palavra e sentimento entrem em sintonia com [ser, ter, pertencer, fazer acontecer ser o seu] amado.

Corvo Cerúleo
Enviado por Corvo Cerúleo em 19/11/2018
Reeditado em 19/11/2018
Código do texto: T6506051
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.