O relógio

O sol já havia aparecido, deu mais um espetáculo ao nascer mas, não despertou o desejo de ir admirá-lo, deixar os raios banhar o seu rosto, o seu copo...

Olhou o relógio, quis ficar mais um pouco no leito e no travesseiro, que testemunharam, durante toda a noite, o seu pranto, sua ansiedade e as dores de sua alma...

O relógio, também fizera companhia em todo o tempo, não abandonou-a naquela noite em que as horas demoraram a passar...

Olhou novamente o relógio, sentiu um medo a percorrer-lhe todo o corpo mas, precisava vencer aquela situação. Então levantou-se!

Quis fazer uma oração mas, faltava-lhe palavras...

Resolveu tomar um banho, e a água a escorrer em seu rosto, levava também suas lágrimas...

Lágrimas de saudades, saudades de tudo e ao mesmo tempo de nada. Estavam confusos os seus pensamentos...

Olhou novamente o relógio, que a convidava para um novo segundo, um novo minuto, um novo tempo... Permitiu-se...

Leu algo que lhe falava de um rio cercado de árvores onde vivia um alguém que passava horas admirando o desenhos das nuvens, e bem perto dali havia outrem alguém, que adorava observar a paisagem refletida na água...

O tic tac do relógio era companhia para ambos... Mas, quando precisamos viver, evoluir, o colorido diferente de uma "simples folha" que refletia no caminho, resolveram admirar a mesma folha na mesma hora e deram inicio a uma longa amizade, que acabou se transformando em amor. Era uma história de um amor improvável mas não impossível.

Viu com esta história, que para a vida ser diferente, é preciso apenas seguir em frente e fazer simples coisas e nem sempre grandes planos. O importante é não desistir nunca!

Podemos está atônitos com tudo o que estamos passando, vendavais, tempestades, batalhas uma atrás da outra. Mas, o que vale é tentar outra, outra e outra vez e quantas vezes for preciso e não desistir nunca!

Feliz tarde!

*Ana Lúcia Saturnino*

(16/11/2018)

Ana Lúcia Saturnino
Enviado por Ana Lúcia Saturnino em 17/11/2018
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