Volátil Loucura de Ser...
Ante o enredo que nos suporta, escrevo...
Adianto as horas e os dias, afinal, o tempo há de terminar. Tempo de paz, de bem, de amor e guerras que conspiram e nos fazem viver a desgraça de ser quem realmente somos.
Não adianta negar, os encantos que abrilhantam os altivos olhos estão ofuscados pela forte embriaguez que nos remete a querer mostrar um valor que sequer existe.
Queria ser o tempo que você não tem e partilhar as escolhas não feitas que me colocaram diante da desregrada vida sob olhares julgadores de quem, assim como eu, não possui a moral necessária para apontar e decidir.
Canso e descanso nas entrelinhas que arrendam a um alto preço as poucas e vãs memórias de um elenco orquestrado para manipular, ferir e matar os protagonistas de nossa própria história.
Não há honra capaz de afugentar a grande e volátil desonra pleiteada sob duras e severas frustrações.
Vivo, caro leitor, delineando a grande loucura das massas, prevalecendo dentre meio as tais, rumando ao mesmo pódio que nos gloria como veneráveis ninguéns, donos de nada, cansados de si.
Sem apreço, um qualquer.