Ética a Eros.
Começo pelo princípio. E a verdade imunda é que não sei. Reconheço alguma insanidade, um apelo fugaz que mais se relaciona a medo que prazer.
Cada um foge da luta à sua maneira. E quanto mais corre em direção oposta mais se encontra no mesmo lugar. Quebrar-se é uma opção. O pelo no ovo é a distração perfeita.
No instante fugidio, a calmaria oscila. O tempo que era presente se torna passado. E no futuro, não existe. Mas não dói, apenas se recordar da maneira com que disse.
Não faz sentido - gritou. E o princípio era. O erro era. E nós éramos também.
Todos os instantes são porque são. Sem razão aparente. Não pretendo me esconder atrás de palavras soltas, mas sou quem sou agora. E eu fujo a minha própria maneira.
Alguma ética mantenho. E juro meus prazeres ao vento para que possam ir... Junto a qualquer desejo que não pode ser. E por mais que se queira, não pode ser, em milhares de anos.
Alguma ética mantenho aqui. Ter contato com o indefensável já é demais. Eros bate a porta com suas flechas já lançadas. Eu apelo para cada fio dourado que não mantenha meus pensamentos vagos. E já era o fim!